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Sem-teto ocupam 10 imóveis em SP e prometem protesto na CDHU

Construções estão localizadas na região central e leste da capital; manifestantes irão se reunir às 9 horas no Pateo do Colégio para depois sairem em passeata

Por Pedro Rocha
Atualização:

 SÃO PAULO - Diversos movimentos dos sem-teto ocuparam 10 imóveis em São Paulo, capital, no início da madrugada desta segunda-feira, 6. Segundo os manifestantes, pelo menos 2600 pessoas participam das ações. Entre as reivindicações dos manifestantes estão a entrega de habitações do Programa Renova Centro, da prefeitura, e o início de obras da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) que, segundo os movimentos, estariam paradas em diversas regiões da capital. 

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Os sem-teto prometem se reunir no Pateo do Colégio, às 9 horas, para uma marcha até a CDHU, na Rua Boa Vista, na região central. Eles querem uma reunião com representantes dos governos municipal e estadual para discutir políticas de habitação.

A primeira construção ocupada, à meia-noite, está localizada na Rua Tabatinguera. Na região central, construções nos números 617, 613, 625 e 601 da Avenida São João, duas na Rua Conselheiro Nébias, na altura do número 314. Na zona leste, uma ocupação ocorreu na Rua Doutor Carlos Guimarães, no Belém, uma delas em um prédio da CDHU, próximo à Avenida Celso Garcia. Na Rua Borges de Figueiredo, na Mooca, há uma edificação tomada. A última residência ocupada, às 4 horas, está localizada na Rua Rio Branco. A Polícia Militar (PM) informou que acompanha os movimentos e que não houve confronto com os manifestantes.

Em nota enviada à imprensa, os movimentos reivindicam moradia às pessoas que deixaram os Edifícios São Vito e Mercúrio, na região do parque Dom Pedro, no Centro de São Paulo, que terminaram de ser demolidos pela prefeitura em maio deste ano. Pedem ainda que a prefeitura informe quando entregará os 53 prédios que seriam desapropriados, na região central, pelo Programa Renova Centro, medida anunciada pelo prefeito Gilberto Kassab em fevereiro deste ano.

A nota fala ainda em "5.000 unidades habitacionais para o atendimento no Programa de Locação Social; 5.000 atendimentos no Programa Bolsa Aluguel para situações emergências até o atendimento definitivo; atendimento da demanda dos movimentos de moradia que atuam efetivamente na área central há anos no empreendimento habitacional na área da SPU - Secretaria do Patrimônio da União/Pari (Feira da Madrugada), de acordo com o governo federal".

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