Boletim do coronavírus: Bolsonaro, festivais de músicas ameaçados e efeitos sobre cruzeiros

Nos Estados Unidos, o presidente voltou a comentar o assunto: “Coronavírus não é isso tudo que a grande mídia propaga”. Veja os destaques do dia

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Por Redação
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O Estado reúne diariamente as principais notícias sobre o novo coronavírus no Brasil e no mundo. Nesta terça-feira, 10, a quantidade de casos confirmados no Brasil chegou a 34, e cinco pessoas estão internadas. Nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar o assunto: “Coronavírus não é isso tudo que a grande mídia propaga”. Enquanto isso, a doença começa a ameaçar grandes festivais de música. Veja os principais destaques do dia: 

Mulher posa para foto em frente à Fontana di Trevi, praticamente deserta um dia após decreto do governo que ampliou quarentena para todo o país Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane

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O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira, 10, que cinco das 34 pessoas confirmadas com o novo coronavírus no Brasil estão internadas. Segundo a pasta, há seis casos com transmissão local no País, sendo cinco em São Paulo e um na Bahia.

Um dia depois de os mercados financeiros ao redor do mundo registrarem perdas históricas, o presidente Jair Bolsonaro negou que haja uma crise e culpou a imprensa pela situação.  “Muito do que tem ali é mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propaga”, disse Bolsonaro em evento em Miami. Na segunda-feira, 9, ele já havia dito que a disseminação da doença estava “super dimensionada”. 

Os testes para diagnóstico de novo coronavírus serão cobertos por planos de saúde, disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, nesta terça-feira, 10. A expectativa da pasta é que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) edite uma resolução em rito simplificado, pulando a etapa de consulta pública, para alterar o rol. "Acredito que nas próximas 48 horas isso será resolvido", declarou.  

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Com o aumento de casos de coronavírus no Brasil, escolas particulares de São Paulo estão adotando diferentes estratégias para evitar a transmissão da doença entre os alunos. Os colégios estão fazendo campanhas para que os estudantes troquem "abraços por sorrisos" - diminuindo assim o contato físico -, instalaram recipientes de álcool em gel em todas as salas de aula e montaram planos para o caso de terem de suspender as atividades pelo risco de infecção. 

Companhias de cruzeiros marítimos estão mudando itinerários e revendo as políticas de cancelamento de viagens para se adequarem à nova ordem mundial imposta pelo coronavírus. Algumas empresas devolvem o dinheiro ou oferecem créditos para os clientes que pretendem remarcar as viagens. Conforme a Fundação Procon de São Paulo, o consumidor não é obrigado a expor sua saúde a riscos viajando para destinos onde poderá contrair o coronavírus. Ele pode optar por adiar a viagem, viajar para outro destino ou obter a restituição do valor já pago.

Logo após o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, ter anunciado a ampliação da quarentena para todo o país por causa do surto do novo coronavírus (a covid-19), quem tem viagem programada entrou em estado de alerta. Não é mais possível viajar para a Itália? Posso remarcar a minha passagem ou resgatar o dinheiro já pago?

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O Ministério Público Federal (MPF) recomendou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que expeça ato normativo que assegure aos consumidores a possibilidade de cancelamento sem ônus de passagens aéreas nacionais e internacionais para destinos atingidos pelo novo coronavírus (Covid-19). Para o MPF, a exigência de taxas e multas em situações como a atual, de emergência mundial em saúde, é prática abusiva e proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.

A pandemia de gripe de 1918, considerada a mais mortal da história da humanidade, matou pelo menos 50 milhões de pessoas em todo o mundo (o equivalente a 200 milhões hoje), sendo meio milhão delas habitantes dos Estados Unidos. O vírus se espalhou por todas as partes do mundo, afetando populações de países como Japão, Argentina, Alemanha e dezenas de outros países.

A economia local de Austin, no Texas, passou a esperar um influxo de receita do South by Southwest, o festival de música, cinema e tecnologia anual que atrai milhares de visitantes. Então quando a cidade, citando o crescimento do novo coronavírus, cancelou o evento este ano, mandou um choque ao sistema. Artistas em ascensão perderam a chance numa plataforma de muita atenção. Pequenos negócios viram sumir um inchaço aguardado no tráfego de pedestres.

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