Capital paulista registra mais cinco mortes por causa da dengue

No total, são 13 óbitos na cidade; Secretaria Municipal da Saúde, no entanto, considera que pico da doença foi superado

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Por Fabiana Cambricoli
Atualização:

Atualizada às 21h10

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A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo confirmou nesta quinta-feira, 21, mais cinco mortes por dengue na capital, o que eleva para 13 o número total de óbitos no ano. De 1.º de janeiro até 8 de maio, 57.794 paulistanos foram infectados pela doença, quase o triplo de registros do mesmo período do ano passado, quando a capital paulista relatou 20.534 casos confirmados. A secretaria anunciou, no entanto, que o pico da doença foi superado e já se observa redução no número de casos por semana. 

“A queda da temperatura, principalmente, e nosso trabalho conjunto com o Exército e com a sociedade na eliminação dos criadouros do mosquito tiveram esse impacto na diminuição dos casos”, explicou Paulo Puccini, secretário municipal adjunto da Saúde.

Ele afirmou que as ações de controle da epidemia permitiram que se invertesse a tendência de crescimento da doença já na 14.ª semana epidemiológica do ano, o que costuma ocorrer somente na 16.ª. “Apesar dessa queda, não podemos baixar a guarda na prevenção. A crise hídrica deverá agravar-se no inverno, e as pessoas vão continuar armazenando água”, afirmou. “Temos de continuar o trabalho de conscientização para termos um quadro mais brando de dengue no ano que vem”, disse o secretário.

Mortes. Entre as vítimas da dengue relatadas agora estão três homens, de 56, 69 e 79 anos, e duas mulheres, de 32 e 55 anos. Dois eram moradores do Rio Pequeno (zona oeste) e os demais viviam nos bairros da Brasilândia, Pirituba (ambos na zona norte) e Itaim Paulista (zona leste). Outras 24 mortes estão em investigação. Em todo o ano passado, a cidade teve 14 óbitos.

Cerca de 37% dos casos foram registrados na zona norte da cidade, região mais afetada. Apesar da redução nos registros observada nas últimas semanas, a cidade tem, no acumulado do ano, recorde de bairros com índice epidêmico da doença - dos 96 distritos paulistanos, 54 têm taxa superior a 300 casos por 100 mil habitantes. 

Como a incidência da doença começou a cair, a secretaria decidiu encerrar gradativamente o funcionamento das dez tendas emergenciais de atendimento. Três já foram fechadas na semana passada e outras duas serão desativadas hoje. “No período de pico, tínhamos até 200 atendimentos por dia em cada tenda. Agora, o número caiu para 60 em algumas, o que não justifica a manutenção desse serviço. Essa demanda pode ser facilmente absorvida pela nossa rede”, disse Puccini.

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 Foto: Infográfico Estadão
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