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Medo causado por leite chinês se espalha pela Ásia

Países por toda a região proibiram a entrada de laticínios chineses em seus territórios

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Por Redação
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Países de toda a Ásia proibiram a entrada de laticínios chineses em seus territórios nesta terça-feira, 23, enquanto pais preocupados levavam seus filhos a hospitais para check-ups.   Veja também: Taiwan vai investigar escândalo de leite adulterado na China Leite adulterado leva 13 mil bebês para hospital na China   Do Japão à Tailândia, se espalharam relatos de biscoitos, sorvetes e até bolos de carne contaminados com o leite adulterado culpado pela morte de quatro crianças na China. Pelo menos outras 53 mil ficaram doentes.   O crescente medo público levou algumas escolas e lojas a retirar alguns produtos de circulação por precaução. Mesmo grandes produtores alimentícios, como a Kraft Foods, foram atingidos com rumores, não confirmados, de recalls em inúmeros produtos.   Desde o começo do escândalo, no início desse mês, pelo menos seis países baniram ou restringiram as importações de laticínios chineses que possam estar adulterados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta terça-feira, 23, que o leite em pó, no centro de todo o problema, pode ter passado pela fronteira chinesa.   Pensava-se inicialmente que apenas leite em pó havia sido contaminado com a melamina, um produto químico industrial usado para a fabricação de plásticos e fertilizantes que pode criar pedras nos rins e levar à falência renal.   No entanto, testes recentes encontraram a melamina em amostras de leite liquido de 22 empresas chinesas - incluindo os dois maiores produtores nacionais, Mengniu Dairy Group Co. e Yili Industrial Group Co. - levando a um incentivo nacional de recalls de laticínios.   Anthony Hazzard, diretor da OMS no Pacifico Oeste, disse nesta terça-feira, 23, que "o maior medo é que esse seja um movimento ilegal que contaminou produtos, ao invés de produtos legais que contenham uma baixa dose de melamina."   Países como Cingapura, Taiwan, Brunei, Hong Kong, Vietnã, Filipinas, Bangladesh, Malásia, Indonésia e Austrália adotaram diferentes níveis de restrições que vão de testes a proibição da importação de laticínios do país.

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