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O que é linfoma de Hodgkin? Luana Bertolucci, da seleção brasileira de futebol, revela ter a doença

A atleta compartilhou a informação nas redes sociais e diz que irá iniciar tratamento de quimioterapia

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Por Lara Castelo

A jogadora Luana Bertolucci, da seleção brasileira de futebol, foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin, câncer que afeta o sistema linfático. A informação foi divulgada pela atleta em suas redes sociais, nesta segunda-feira, 29.

Luana, que tem 30 anos, conta que a confirmação da doença veio após a realização de exames detalhados e que irá iniciar o tratamento de quimioterapia.

Ela disse ainda que enfrentará esse desafio com coragem e determinação, assim como fez com os obstáculos que teve que encarar como atleta profissional dentro e fora do campo.

A jogadora Luana Bertolucci, da seleção brasileira de futebol, foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin, câncer que afeta o sistema linfático. Foto: Thais Magalhães/CBF

O que é linfoma de Hodgkin?

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Trata-se de um tipo de câncer que surge no sistema linfático, relacionado à circulação e ao sistema de defesa do organismo.

A doença tem origem quando um linfócito (células de defesa do corpo) se transforma em uma célula maligna capaz de se multiplicar descontroladamente, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Segundo dados de 2022 do instituto, foram registrados 3.080 novos casos da doença, sendo 1.500 em homens e 1.580, em mulheres.

Em relação ao número de óbitos, de acordo com dados de 2021 do Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM, foram registradas 531 mortes em decorrência da doença, sendo 302 entre homens e 229, entre mulheres.

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O que causa a doença?

Os motivos ainda são incertos. Apesar disso, há alguns fatores que são considerados de risco para o surgimento da doença, de acordo com o INCA. São eles:

  • Ter o sistema imune comprometido, como ocorre com portadores do vírus HIV e pacientes que fazem uso de drogas imunossupressoras (indicada para evitar rejeição após a realização de transplantes);
  • Apesar de ser muito raro, membros de famílias nas quais uma ou mais pessoas tiveram o diagnóstico da doença têm risco aumentado de desenvolvê-la;
  • Há evidências também de associação entre infecção pelo vírus Epstein-Barr e pelo vírus HIV-1 com o linfoma de Hodgkin.

Além disso, o instituto diz que os operários da indústria de madeira e agricultores expostos a agrotóxicos e solventes podem ter risco aumentado para a doença. Daí a recomendação de, idealmente, substituir os agentes cancerígenos ou minimizar os danos a partir da utilização de equipamentos de proteção individual.

Quais os principais sintomas?

Depende do local do corpo em que ele surge.

É possível que esse linfoma surja no pescoço, nas axilas e na virilha, regiões em que se manifesta através de caroços indolores. Agora, quando esse quadro tem origem no tórax, pode causar tosse, falta de ar e dor torácica.

Ainda segundo o Inca, a doença pode se manifestar também por febre, suores noturnos, coceira na pele, cansaço e perda de peso sem motivo aparente.

O instituto destaca, contudo, que, na maioria das vezes, nenhum desses sintomas tem ligação com um câncer.

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Qual a gravidade?

De acordo com o Inca, se houver o tratamento adequado, o linfoma de Hodgkin é curável na maioria dos casos. Mas, para aumentar as chances de cura, a detecção precoce é fundamental.

Como é o tratamento?

Atualmente, o tratamento do linfoma de Hodgkin consiste na chamada poliquimioterapia, ou seja, na quimioterapia feita a partir de múltiplas drogas, associada ou não com a radioterapia.

Além disso, de acordo com a hematologista Daniela Ferreira Dias, do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC), quando os pacientes não respondem ao tratamento inicial ou nos casos em que a doença retornou, pode ocorrer a indicação de imunoterapia e transplante de medula óssea.

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