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Mutirão médico atende bebês com microcefalia no Recife

Crianças passaram por bateria de exames para investigar se há comprometimento na visão e na audição

Por MONICA BERNARDES
Atualização:
País registra epidemia de microcefalia associada a zika Foto: CARLOS EZEQUIEL VANNONI

Um mutirão médico coordenado pela Fundação Altino Ventura (FAV), localizada no Recife, atendeu na manhã desta segunda-feira, 14, cerca de 40 bebês diagnosticados com microcefalia. As crianças passaram por uma bateria de exames oftalmológicos e otorrinolaringológicos para investigar se há comprometimento na visão e na audição em função da condição. Os pacientes foram encaminhados pelo Hospital Oswaldo Cruz. Pernambuco investiga 804 casos de microcefalia. 

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“Os bebês precisam receber estímulos visuais o quanto antes para identificar e corrigir possíveis doenças oftalmológicas”, explica a presidente da FAV, a médica Liana Ventura. Os pacientes que apresentarem problemas serão acompanhados por médicos da fundação. Segundo os especialistas, as sequelas mais comuns nas crianças são o estrabismo, casos precoces de catarata, glaucoma congênito e problemas no nervo óptico e na retina.

A balconista Diana Souza, de 32anos, levou seu filho para o atendimento. O pequeno Lian, de dois meses, foi diagnosticado com microcefalia no momento do nascimento. “Sei que haverá muita coisa que meu filho provavelmente não poderá fazer. Mas quero garantir que ele possa ter o desenvolvimento mais o próximo do normal e por isso não estou medindo esforços”, disse. 

Bolhas. Os médicos do Hospital Oswaldo Cruz acreditam estar mais próximos de identificar a causa de uma nova doença que vem intrigando especialistas em Pernambuco. Exames descartaram a ligação entre as bolhas na pele encontradas em alguns bebês desde o mês de novembro com o zika vírus. A maior probabilidade é de que a ocorrência seja uma evolução - até então desconhecida - da febre chikungunya.

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