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SP lança mapa online com pontos de atendimento com soro antiveneno

Acidentes com animais peçonhentos são mais frequentes em períodos quentes; atendimento após picada deve ser rápido

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Por Redação
Atualização:

AGÊNCIA BRASIL – A cada hora, em média, oito pessoas foram picadas por cobras, escorpiões e lagartas em todo estado de São Paulo no ano passado. Os dados são do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), que contabilizou 70.800 acidentes notificados com animais peçonhentos, além de 23 óbitos. Desse total de acidentes, 444 ocorreram na capital. Os municípios com mais registros foram Araçatuba (7.340), São José do Rio Preto (6.753) e Ribeirão Preto (4.174).

Para facilitar o atendimento a esses eventos, a Secretaria de Estado da Saúde lançou uma ferramenta online para a localização e identificação dos 220 pontos de atendimento soroterápico para vítimas de escorpiões, aranhas, serpente e lagartas. Trata-se de um mapa interativo que fornece as informações necessárias para buscar ajuda em emergências, sobretudo no período quente e chuvoso, época em que esse tipo de acidente mais acontece. Para acessar a ferramenta, basta clicar no endereço do CVE.

Picadas por cobras, escorpiões e lagartas são mais comuns em épocas quentes do ano. Após o acidente, atendimento deve ser rápido.  Foto: RHJ/Adobe Stock

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Além de facilitar a localização dos pontos de distribuição de soro, o mapa interativo visa diminuir o tempo entre o acidente e o tratamento.

Nos primeiros 15 dias de janeiro, já foram registrados 472 casos de picadas, sendo 317 envolvendo escorpiões e os demais relacionados a animais como aranha-marrom, aranha-armadeira e serpentes, segundo informações da Divisão de Zoonoses do CVE.

Esse período do ano é marcado por altas temperaturas e chuvas frequentes, que oferecem condições propícias para a reprodução dos animais. Além disso, há maior disponibilidade de alimentos, de acordo com especialistas.

Crianças de até 10 anos de idade precisam receber o soro antiescorpiônico em até 1h30 após terem sido picadas por escorpião. “Se uma criança saudável começar a chorar intensamente e aparentar muita dor, é necessário pensar em acidente com escorpião e procurar atendimento médico imediatamente”, alerta Gisele Freitas, médica veterinária do CVE.

“Fatores como o aumento da urbanização, desmatamento, turismo ecológico e alterações climáticas podem estar relacionados ao aumento de acidentes. A maior oferta de detritos alimentares proporciona um ambiente ideal para a proliferação de roedores e baratas, que, por sua vez, possibilita o aumento do número de serpentes, escorpiões e aranhas em convívio mais próximo com o ser humano”, explica a especialista.

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Orientações para prevenir os acidentes

  • Use calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
  • Examine calçados, além de roupas pessoais e de cama e banho antes de usá-los;
  • Afaste camas e berços das paredes e evite pendurar roupas fora de armários;
  • Não acumule entulho e materiais de construção;
  • Limpe regularmente móveis, cortinas, quadros e cantos de parede;
  • Vede ralos, frestas e buracos em muros, paredes, assoalhos, forros e rodapés;
  • Evite plantas tipo trepadeiras e bananeiras junto às casas e mantenha a grama sempre cortada;
  • Evite o contato com vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins no amanhecer e no entardecer, pois nesses momentos as serpentes estão em maior atividade;
  • Não mexa em colmeias e vespeiros. Caso estejam em áreas de risco de acidente, procure a autoridade local para a remoção.

O que fazer em caso de acidente

  • Leve a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento adequado em tempo;
  • Lave o local da picada com água e sabão;
  • Não faça torniquete ou garrote;
  • Não fure, corte, queime, esprema ou faça sucção no local da ferida;
  • Não aplique folhas, pó de café ou terra (pode provocar infecções);
  • Não consuma bebida alcoólica, querosene ou fumo, como é costume em algumas regiões do país;
  • Se não oferecer risco, acondicione o animal em frasco tampado ou fotografe-o para facilitar a identificação e tratamento adequado.
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