Verdes, mas ainda culpados

Matéria do The New York Times mostra como um casal faz para ‘economizar’ as fraldas descartáveis de seu bebê

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Por Redação
Atualização:

Josh Dorfman, autor de "The Lazy Environmentalist: Your Guide to Easy, Stylish, Green Living," ("O ambientalista preguiçoso: seu guia para ser mais verde com facilidade e estilo") não pode ser acusado de falhar ao tentar ser ecofriendly.

 

 

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De acordo com matéria publicada no jornal The New York Times, ele e sua parceira, a acrobata Stephanie Holzen, e o filho de cinco meses do casal, Shep, mudaram-se recentemente para uma casa vitoriana alugada em Crested Butte, no Colorado, na qual, ele salienta com felicidade, a escada reformada foi feita de madeira reciclada do celeiro. A mobília é também feita de madeira reciclada e aço; na verdade, a mesa é parte de uma madeira recuperada duas vezes, pois foi resgatada de uma leva já reciclada que virou o assoalho da casa.

 

 

O casal usa produtos de limpeza naturais e bebe água de um jarro de brita, pois assim não há necessidade de usar garrafas de água descartáveis. Todos os seus produtos de uso pessoal são orgânicos e as roupas de Josh são feitas de algodão orgânico e materiais reciclados - o que inclui o seu casaco, que ele diz ser feito de garrafas recicladas de refrigerante.

 

 

Mas, segundo a matéria do NYTimes, eles têm uma falha em seu estilo de vida: são adeptos de fraldas descartáveis.

 

"Tentamos as de pano e achamos que é algo totalmente fora da realidade", disse Dorfman. Como o resto dos americanos, eles foram empurrados na direção das fraldas descartáveis "e isso é ambientalmente perverso. É plástico derivado de petróleo. Você as utiliza uma vez e elas ficam jogadas em um aterro. É um uso muito ineficiente dos recursos", diz ele, mas admite que as fraldas descartáveis são as mais funcionais que o casal já encontrou. "Me sinto culpado e hipócrita. Mas elas mantêm meu filho seco, não irritam sua pele e não ficam pesadas. Elas funcionam bem o que é realmente irritante."

 

Josh e Stephanie encontraram uma maneira de minimizar sua dor - embora talvez isso possa ser complicado para aqueles que não têm o reflexo de uma acrobata transformada em mãe.

 

"Nós começamos a aliviar a culpa prestando muita atenção ao comportamento dele de modo a saber quando ele está quase fazendo xixi e cocô. Daí corremos com ele para o chuveiro e ele não faz na fralda, o que quer dizer que podemos usá-la por mais tempo", disse o papai. "Nós estamos craques em ler os sinais dele".

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A matéria termina com uma constatação inquietante: quando uma pessoa realmente se preocupa em fazer a coisa certa, pode ser difícil não se sentir culpado em algumas ocasiões.

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