As dores nas pernas foram o primeiro sinal de que a saúde de Beatriz Kubo, de 5 anos, não andava bem. Quando estava prestes a completar 4 anos, em 2013, a menina foi diagnosticada com leucemia.
“Recebi muito apoio, mas perdi o chão. A dor é muito grande quando se descobre a doença. O primeiro sentimento é de que a gente vai perder (o filho). Perdi meu pai de câncer quando ela tinha 2 meses de idade”, relembra a mãe da garota, a dona de casa Érika Anderson Kubo, de 38 anos.
As idas ao Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc) passaram a fazer parte da rotina da família e Érika viu a filha enfrentar todas as dificuldades do tratamento e a perda dos cabelos. “No começo, é difícil. Veio a fase de ela perder o cabelinho e, na leucemia, não podemos expor a criança a nada. Ela estava na escolinha e a médica pediu para tirá-la.”
Durante o tratamento de Beatriz, a dona de casa ainda tinha mais uma preocupação: os cuidados com a outra filha, de 10 anos. “A Gabrielly ficou muito sozinha, mas meu maior presente é ter as duas com saúde, brincando e brigando. A Beatriz ainda está fazendo a manutenção, mas eu a considero curada. Hoje, acho que sou mãe, sei qual é o sentido”, afirma.
Marido de Érika, o comerciante Marcelo Kubo, de 42 anos, elogia a força da mulher diante das dificuldades que surgiram. “Ela tem sido uma verdadeira guerreira. Tem se desdobrado muito mais do que imaginava. É uma supermãe.”