Os primeiros balanços da tragédia em Santa Catarina causadas pelas chuvas que atingiram a região mostram que alguns problemas estão apenas começando. Das 35.325 pessoas que ainda dormem em abrigos, pelo menos 8 mil tiveram as residências totalmente destruídas. Talvez nunca mais voltem para casa - em pelo menos 25 comunidades condenadas pela Defesa Civil, não haverá reocupação. Ao longo de toda a região do Vale do Itajaí, em áreas totalmente varridas do mapa como o Alto do Baú até lugares turísticos como Blumenau, catarinenses se perguntam o que farão daqui para frente. Veja também: SC pede que Estados parem de mandar doações Saiba como ajudar as vítimas das chuvas Mais de 30 mil voltam para casa em SC TBG retoma obras de reparo do gasoduto Saúde SC notifica 62 suspeitas de leptospirose Paraná encerra doações a Santa Catarina Solo pode demorar 6 meses para estabilizar Trabalhos na encosta impedem liberação de BR 4,5 mil seguem sem energia no Estado IML divulga lista de vítimas identificadas Repórteres relatam deslizamento em Ilhota Mulher fala da perda de parentes em SC Tragédia em Santa Catarina Blog: envie seu relato sobre as chuvas Veja galeria de fotos dos estragos em SC Tudo sobre as vítimas das chuvas Todas as cidades afetadas cancelaram eventos tradicionais de Natal e fim de ano para realocar o dinheiro no socorro às vítimas. O solo está saturado e o lençol freático permanece elevado - por isso, análises da Universidade Federal de Santa Catarina indicam que, após a chuva recorde de novembro, o solo só vai se estabilizar em seis meses. Até lá, haverá risco de deslizamentos. As imobiliárias da região atingida já acusam um aumento de quase 700% na procura por residências, mas a maioria não conta com levantamentos sobre a condição atual dos imóveis que estão à venda ou para alugar. Pior: Itajaí ainda tem cinco bairros sem água e sem luz e 46 das 91 escolas da cidade não poderão mais ter aulas. As estradas só serão liberadas no dia 19.