Com discurso de ataque ao STF, Câmara instala comissão sobre aborto


Dominada pela bancada evangélica e por deputados conservadores, os discursos da primeira sessão foram de crítica à posição da 1ª turma do Supremo

Por Daiene Cardoso
A comissão, formada por 35 deputados, foi instalada sem a indicação dos representantes das bancadas do PT e do PSOL Foto: Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados

Foi instalada nesta quarta-feira, 7, na Câmara dos Deputados a comissão especial para analisar a PEC 58/2011, originalmente destinada a discutir a licença maternidade estendida para situações em que a mãe tem bebê prematuro. A comissão foi criada em reação à decisão da 1.ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de que não é crime o aborto realizado durante o primeiro trimestre de gestação – independentemente do motivo que leve a mulher a interromper a gravidez.

Dominada pela bancada evangélica e por deputados conservadores, os discursos da primeira sessão foram de ataque à posição da 1.ª turma do STF. Em nome da frente parlamentar evangélica, o deputado João Campos (PRB-GO) agradeceu a “coragem” do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de reagir ao “ativismo” dos ministros da Corte. “Mais uma vez, o STF numa atitude de ativismo exacerbado, usurpa o papel desta Casa”, discursou Campos. O parlamentar disse que o STF invadiu as prerrogativas do Poder Legislativo ao tomar uma decisão “infeliz” e o direito à vida é inviolável. “O Supremo está agindo como se Supremo fosse.”

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Astrid Fontenelle

Foto: Divulgação
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Soninha Francine

Foto: Estadão
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Luiza Brunet

Foto: Filipe Araújo/Estadão
4 | 20

Whoopi Goldberg

Foto: Danny Moloshok/Reuters
5 | 20

Débora Bloch

Foto: Marcos de Paula/Estadão
6 | 20

Cissa Guimarães

Foto: Divulgação/Globo
7 | 20

Hebe Camargo

Foto: Clayton de Souza/AE
8 | 20

Marília Gabriela

Foto: Leonardo Soares/AE
9 | 20

Sharon Osbourne

Foto: VALERIE MACON/AFP/Getty Images
10 | 20

Dercy Gonçalves

Foto: Acervo Câmara Municipal de São Paulo
11 | 20

Sônia Braga

Foto: Divulgação
12 | 20

Zezé Polessa

Foto: Divulgação/TV Globo
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Cássia Kiss

Foto: Divulgação/TV Globo
14 | 20

Penélope Nova

Foto: MTV/Divulgação
15 | 20

Sinead O'Connor

Foto: FRED TANNEAU/AFP/Getty Images
16 | 20

Maitê Proença

Foto: Divulgação
17 | 20

Nicki Minaj

Foto: REUTERS/Carlo Allegri
18 | 20

Elba Ramalho

Foto: Alex Rieiro/Estadão
19 | 20

Arlete Salles

Foto: Divulgação/TV Globo
20 | 20

Elke Maravilha

Foto: Divulgação

O deputado João Campos é autor de uma PEC – juntamente com o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que visa a inserir no texto constitucional que o direito à vida é inviolável desde a concepção. Campos fez uma apelo para que a admissibilidade da PEC seja aprovada prontamente na CCJ, para que ela seja apensada na proposta em discussão na comissão especial instalada nesta quarta. “O assunto é correlato e, portanto, é pertinente”, justificou.

PEC da Vida. A comissão, formada por 35 deputados, foi instalada sem a indicação dos representantes das bancadas do PT e do PSOL. A sessão de instalação serviu para definir o comando da comissão. O líder do PV, Evandro Gussi (SP), foi eleito presidente dos trabalhos e indicou o deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP) como relator. “O STF, órgão que todos respeitamos, quando decidiu pela legalidade da interrupção da gravidez, transformou-se de guardião da Constituição em algoz da Constituição”, criticou Gussi. O presidente da comissão disse que os deputados não abrirão mão de sua “soberania” e se esforçarão para aprovar a “PEC da Vida”.

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A criação da comissão não é a única reação da Câmara ao “protagonismo” do STF. Parlamentares ainda tentam votar na CCJ a admissibilidade de um projeto de lei que prevê o crime de responsabilidade para ministros da Corte por usurpação de competência do Poder Legislativo ou do Executivo.

A comissão, formada por 35 deputados, foi instalada sem a indicação dos representantes das bancadas do PT e do PSOL Foto: Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados

Foi instalada nesta quarta-feira, 7, na Câmara dos Deputados a comissão especial para analisar a PEC 58/2011, originalmente destinada a discutir a licença maternidade estendida para situações em que a mãe tem bebê prematuro. A comissão foi criada em reação à decisão da 1.ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de que não é crime o aborto realizado durante o primeiro trimestre de gestação – independentemente do motivo que leve a mulher a interromper a gravidez.

Dominada pela bancada evangélica e por deputados conservadores, os discursos da primeira sessão foram de ataque à posição da 1.ª turma do STF. Em nome da frente parlamentar evangélica, o deputado João Campos (PRB-GO) agradeceu a “coragem” do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de reagir ao “ativismo” dos ministros da Corte. “Mais uma vez, o STF numa atitude de ativismo exacerbado, usurpa o papel desta Casa”, discursou Campos. O parlamentar disse que o STF invadiu as prerrogativas do Poder Legislativo ao tomar uma decisão “infeliz” e o direito à vida é inviolável. “O Supremo está agindo como se Supremo fosse.”

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O deputado João Campos é autor de uma PEC – juntamente com o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que visa a inserir no texto constitucional que o direito à vida é inviolável desde a concepção. Campos fez uma apelo para que a admissibilidade da PEC seja aprovada prontamente na CCJ, para que ela seja apensada na proposta em discussão na comissão especial instalada nesta quarta. “O assunto é correlato e, portanto, é pertinente”, justificou.

PEC da Vida. A comissão, formada por 35 deputados, foi instalada sem a indicação dos representantes das bancadas do PT e do PSOL. A sessão de instalação serviu para definir o comando da comissão. O líder do PV, Evandro Gussi (SP), foi eleito presidente dos trabalhos e indicou o deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP) como relator. “O STF, órgão que todos respeitamos, quando decidiu pela legalidade da interrupção da gravidez, transformou-se de guardião da Constituição em algoz da Constituição”, criticou Gussi. O presidente da comissão disse que os deputados não abrirão mão de sua “soberania” e se esforçarão para aprovar a “PEC da Vida”.

A criação da comissão não é a única reação da Câmara ao “protagonismo” do STF. Parlamentares ainda tentam votar na CCJ a admissibilidade de um projeto de lei que prevê o crime de responsabilidade para ministros da Corte por usurpação de competência do Poder Legislativo ou do Executivo.

A comissão, formada por 35 deputados, foi instalada sem a indicação dos representantes das bancadas do PT e do PSOL Foto: Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados

Foi instalada nesta quarta-feira, 7, na Câmara dos Deputados a comissão especial para analisar a PEC 58/2011, originalmente destinada a discutir a licença maternidade estendida para situações em que a mãe tem bebê prematuro. A comissão foi criada em reação à decisão da 1.ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de que não é crime o aborto realizado durante o primeiro trimestre de gestação – independentemente do motivo que leve a mulher a interromper a gravidez.

Dominada pela bancada evangélica e por deputados conservadores, os discursos da primeira sessão foram de ataque à posição da 1.ª turma do STF. Em nome da frente parlamentar evangélica, o deputado João Campos (PRB-GO) agradeceu a “coragem” do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de reagir ao “ativismo” dos ministros da Corte. “Mais uma vez, o STF numa atitude de ativismo exacerbado, usurpa o papel desta Casa”, discursou Campos. O parlamentar disse que o STF invadiu as prerrogativas do Poder Legislativo ao tomar uma decisão “infeliz” e o direito à vida é inviolável. “O Supremo está agindo como se Supremo fosse.”

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PEC da Vida. A comissão, formada por 35 deputados, foi instalada sem a indicação dos representantes das bancadas do PT e do PSOL. A sessão de instalação serviu para definir o comando da comissão. O líder do PV, Evandro Gussi (SP), foi eleito presidente dos trabalhos e indicou o deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP) como relator. “O STF, órgão que todos respeitamos, quando decidiu pela legalidade da interrupção da gravidez, transformou-se de guardião da Constituição em algoz da Constituição”, criticou Gussi. O presidente da comissão disse que os deputados não abrirão mão de sua “soberania” e se esforçarão para aprovar a “PEC da Vida”.

A criação da comissão não é a única reação da Câmara ao “protagonismo” do STF. Parlamentares ainda tentam votar na CCJ a admissibilidade de um projeto de lei que prevê o crime de responsabilidade para ministros da Corte por usurpação de competência do Poder Legislativo ou do Executivo.

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Foi instalada nesta quarta-feira, 7, na Câmara dos Deputados a comissão especial para analisar a PEC 58/2011, originalmente destinada a discutir a licença maternidade estendida para situações em que a mãe tem bebê prematuro. A comissão foi criada em reação à decisão da 1.ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de que não é crime o aborto realizado durante o primeiro trimestre de gestação – independentemente do motivo que leve a mulher a interromper a gravidez.

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PEC da Vida. A comissão, formada por 35 deputados, foi instalada sem a indicação dos representantes das bancadas do PT e do PSOL. A sessão de instalação serviu para definir o comando da comissão. O líder do PV, Evandro Gussi (SP), foi eleito presidente dos trabalhos e indicou o deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP) como relator. “O STF, órgão que todos respeitamos, quando decidiu pela legalidade da interrupção da gravidez, transformou-se de guardião da Constituição em algoz da Constituição”, criticou Gussi. O presidente da comissão disse que os deputados não abrirão mão de sua “soberania” e se esforçarão para aprovar a “PEC da Vida”.

A criação da comissão não é a única reação da Câmara ao “protagonismo” do STF. Parlamentares ainda tentam votar na CCJ a admissibilidade de um projeto de lei que prevê o crime de responsabilidade para ministros da Corte por usurpação de competência do Poder Legislativo ou do Executivo.

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