Opinião|Apesar da crise!


Atentando apenas para o que vai mal corremos o risco de não ver o que está dando certo: os indícios de vitalidade da sociedade brasileira estão sendo ignorados pela maioria da população, que não percebe as mudanças em andamento

Por Ruy Martins Alternfelder Silva

As dificuldades da última década agravaram a cultura da crise. Habituamo-nos a falar em década perdida, em falta de perspectivas, em incapacidade dos governos, em brutal queda do nível de emprego e da queda da produção industrial, falta de investimentos, agravamento da crise ética, moral e social. Tudo isso é verdadeiro e justifica a atitude. 

Mas atentando apenas para o que vai mal corremos o risco de não ver o que está dando certo: os indícios de vitalidade da sociedade brasileira estão sendo ignorados pela maioria da população, que não percebe as mudanças em andamento.

O governo do presidente Michel Temer fez recentemente uma prestação de contas, publicada nos principais jornais do País sob o título 120 dias com coragem para fazer as reformas que o Brasil precisa. Li com atenção o texto, notadamente as medidas que se tornaram realidade, e concordo que as iniciativas traduzem atitude de confiança no País. As coisas estão funcionando independentemente do que o governo faça ou deixe de fazer.

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Medidas inteligentes fizeram a inflação deixar de subir e voltar à meta, o que já permite a queda responsável dos juros. A instituição do teto nos gastos públicos, aprovada pelo Congresso Nacional, comprovou a harmonia e independência dos Poderes e a confiança do presidente da República nas Casas legislativas, garantindo investimentos em áreas fundamentais e limitando o crescimento das despesas do governo durante os próximos 20 anos.

A repatriação de capital tornou possível trazer para o País R$ 44 bilhões em impostos. A indispensável reforma previdenciária vai alterar as regras de aposentadoria para garantir a previdência das gerações atuais e futuras. A redução, ainda que tímida, do número de ministérios e a extinção de 14.200 funções e cargos comissionados reduzirá as despesas de custeio da máquina pública federal.

A nova lei que dispõe sobre o estatuto jurídico das empresas públicas, das sociedades de economia mista e de suas subsidiárias no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios foi outra providência positiva, moderna e moralizadora, que possibilitará o rigoroso cumprimento dos princípios referentes à administração pública previstos na Constituição federal: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência. Destaque para a recuperação lenta e segura das grandes estatais brasileiras e a valorização de suas ações.

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A aprovação da PEC da desvinculação de receitas da União, que estava paralisada no Congresso, foi mais uma medida necessária e indispensável, assim como a reforma do ensino médio, com a flexibilização do currículo, incluídos ensino técnico-profissional e incentivo ao ensino em tempo integral.

O apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) no transporte de órgãos para transplante em todo território nacional igualmente merece destaque, assim como a retomada da transposição e revitalização do Velho Chico, o Rio São Francisco.

A redução dos juros do cartão de crédito, a liberação de saques nas contas inativas do FGTS, a reforma trabalhista – para garantir os atuais e criar futuros empregos – são mais algumas das muitas medidas que deixaram de ser projetos e se tornaram realidade.

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As medidas positivas tomadas pelo governo federal devem ser avaliadas juntamente com outras, negativas, como descrevo a seguir. Em 20 de julho de 2016 foi transformado em lei o Projeto 2648-B/2015, dispondo sobre as carreiras dos servidores do Poder Judiciário da União e concedendo aumentos salariais com reajuste linear total de 12%, escalonado em oito parcelas semestrais no porcentual de 1,5% cada, com início em 1.º de janeiro de 2016 e término em 1.º de julho de 2019. A lei eleva até julho de 2019 o porcentual utilizado para cálculo de gratificação judiciária, dos atuais 90% para 140%. Aumenta ainda os valores para os cargos em comissão a partir de 2016: o cargo CJ-1 é elevado em 16% e os demais, CJ-2 a CJ-4, em 25%. O impacto orçamentário causado pela Lei 13.317/2016 é de R$ 5,8 bilhões ao final de 2019.

Outro projeto de lei (6697-B), que dispõe sobre as carreiras dos servidores do Ministério Público da União, sancionado em 20 de julho de 2016, causará impacto orçamentário de R$ 2,5 bilhões até o final de 2019 (Lei 13.316/2016). 

A Lei 13.302/2016, resultante da aprovação do Projeto de Lei 4244/2015, reajusta a remuneração dos servidores do Senado e causará impacto orçamentário de R$ 748 milhões até 2019. Já o pessoal da Câmara dos Deputados foi beneficiado pela Lei 13.302/2016, que concedeu reajustes remuneratórios impactando o Orçamento da União em R$ 1,09 bilhão até 2019.

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Na esfera do Tribunal de Contas da União, o Projeto de Lei 2743 transformado em lei em 27 de julho de 2016, concedeu reajustes a vencimentos básicos, funções de confiança e cargos em comissão, impactando o Orçamento em aproximadamente R$ 320 milhões em quatro anos.

O Projeto de Lei 4250/2015, transformado em lei na mesma data, altera remuneração de servidores e empregados públicos de diversas áreas, com impacto orçamentário de R$ 13,7 bilhões até 2019.

E tem mais. O Projeto de Lei 4251/2015, transformado em Lei em 29/7/2016, alterou a remuneração, as regras de promoção e de incorporação da gratificação de desempenho a aposentadorias e pensões dos servidores na área de educação, com impacto orçamentário de quase R$ 15 bilhões até 2019!

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Outros projetos transformados em lei em julho de 2016, somados aos acima relatados, causarão um impacto orçamentário de aproximadamente R$ 73.2 bilhões até 2019.

São dados que impressionam e preocupam, em que pesem as medidas anunciadas e a aprovação da PEC 240.

Enfim, apesar da crise, as medidas exigem severos cuidados. O País só encontrará a estrada da retomada do desenvolvimento com o sacrifício de todos os brasileiros!

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* Presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas e do Conselho Superior de Estudos Avançados (FIESP)

As dificuldades da última década agravaram a cultura da crise. Habituamo-nos a falar em década perdida, em falta de perspectivas, em incapacidade dos governos, em brutal queda do nível de emprego e da queda da produção industrial, falta de investimentos, agravamento da crise ética, moral e social. Tudo isso é verdadeiro e justifica a atitude. 

Mas atentando apenas para o que vai mal corremos o risco de não ver o que está dando certo: os indícios de vitalidade da sociedade brasileira estão sendo ignorados pela maioria da população, que não percebe as mudanças em andamento.

O governo do presidente Michel Temer fez recentemente uma prestação de contas, publicada nos principais jornais do País sob o título 120 dias com coragem para fazer as reformas que o Brasil precisa. Li com atenção o texto, notadamente as medidas que se tornaram realidade, e concordo que as iniciativas traduzem atitude de confiança no País. As coisas estão funcionando independentemente do que o governo faça ou deixe de fazer.

Medidas inteligentes fizeram a inflação deixar de subir e voltar à meta, o que já permite a queda responsável dos juros. A instituição do teto nos gastos públicos, aprovada pelo Congresso Nacional, comprovou a harmonia e independência dos Poderes e a confiança do presidente da República nas Casas legislativas, garantindo investimentos em áreas fundamentais e limitando o crescimento das despesas do governo durante os próximos 20 anos.

A repatriação de capital tornou possível trazer para o País R$ 44 bilhões em impostos. A indispensável reforma previdenciária vai alterar as regras de aposentadoria para garantir a previdência das gerações atuais e futuras. A redução, ainda que tímida, do número de ministérios e a extinção de 14.200 funções e cargos comissionados reduzirá as despesas de custeio da máquina pública federal.

A nova lei que dispõe sobre o estatuto jurídico das empresas públicas, das sociedades de economia mista e de suas subsidiárias no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios foi outra providência positiva, moderna e moralizadora, que possibilitará o rigoroso cumprimento dos princípios referentes à administração pública previstos na Constituição federal: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência. Destaque para a recuperação lenta e segura das grandes estatais brasileiras e a valorização de suas ações.

A aprovação da PEC da desvinculação de receitas da União, que estava paralisada no Congresso, foi mais uma medida necessária e indispensável, assim como a reforma do ensino médio, com a flexibilização do currículo, incluídos ensino técnico-profissional e incentivo ao ensino em tempo integral.

O apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) no transporte de órgãos para transplante em todo território nacional igualmente merece destaque, assim como a retomada da transposição e revitalização do Velho Chico, o Rio São Francisco.

A redução dos juros do cartão de crédito, a liberação de saques nas contas inativas do FGTS, a reforma trabalhista – para garantir os atuais e criar futuros empregos – são mais algumas das muitas medidas que deixaram de ser projetos e se tornaram realidade.

As medidas positivas tomadas pelo governo federal devem ser avaliadas juntamente com outras, negativas, como descrevo a seguir. Em 20 de julho de 2016 foi transformado em lei o Projeto 2648-B/2015, dispondo sobre as carreiras dos servidores do Poder Judiciário da União e concedendo aumentos salariais com reajuste linear total de 12%, escalonado em oito parcelas semestrais no porcentual de 1,5% cada, com início em 1.º de janeiro de 2016 e término em 1.º de julho de 2019. A lei eleva até julho de 2019 o porcentual utilizado para cálculo de gratificação judiciária, dos atuais 90% para 140%. Aumenta ainda os valores para os cargos em comissão a partir de 2016: o cargo CJ-1 é elevado em 16% e os demais, CJ-2 a CJ-4, em 25%. O impacto orçamentário causado pela Lei 13.317/2016 é de R$ 5,8 bilhões ao final de 2019.

Outro projeto de lei (6697-B), que dispõe sobre as carreiras dos servidores do Ministério Público da União, sancionado em 20 de julho de 2016, causará impacto orçamentário de R$ 2,5 bilhões até o final de 2019 (Lei 13.316/2016). 

A Lei 13.302/2016, resultante da aprovação do Projeto de Lei 4244/2015, reajusta a remuneração dos servidores do Senado e causará impacto orçamentário de R$ 748 milhões até 2019. Já o pessoal da Câmara dos Deputados foi beneficiado pela Lei 13.302/2016, que concedeu reajustes remuneratórios impactando o Orçamento da União em R$ 1,09 bilhão até 2019.

Na esfera do Tribunal de Contas da União, o Projeto de Lei 2743 transformado em lei em 27 de julho de 2016, concedeu reajustes a vencimentos básicos, funções de confiança e cargos em comissão, impactando o Orçamento em aproximadamente R$ 320 milhões em quatro anos.

O Projeto de Lei 4250/2015, transformado em lei na mesma data, altera remuneração de servidores e empregados públicos de diversas áreas, com impacto orçamentário de R$ 13,7 bilhões até 2019.

E tem mais. O Projeto de Lei 4251/2015, transformado em Lei em 29/7/2016, alterou a remuneração, as regras de promoção e de incorporação da gratificação de desempenho a aposentadorias e pensões dos servidores na área de educação, com impacto orçamentário de quase R$ 15 bilhões até 2019!

Outros projetos transformados em lei em julho de 2016, somados aos acima relatados, causarão um impacto orçamentário de aproximadamente R$ 73.2 bilhões até 2019.

São dados que impressionam e preocupam, em que pesem as medidas anunciadas e a aprovação da PEC 240.

Enfim, apesar da crise, as medidas exigem severos cuidados. O País só encontrará a estrada da retomada do desenvolvimento com o sacrifício de todos os brasileiros!

* Presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas e do Conselho Superior de Estudos Avançados (FIESP)

As dificuldades da última década agravaram a cultura da crise. Habituamo-nos a falar em década perdida, em falta de perspectivas, em incapacidade dos governos, em brutal queda do nível de emprego e da queda da produção industrial, falta de investimentos, agravamento da crise ética, moral e social. Tudo isso é verdadeiro e justifica a atitude. 

Mas atentando apenas para o que vai mal corremos o risco de não ver o que está dando certo: os indícios de vitalidade da sociedade brasileira estão sendo ignorados pela maioria da população, que não percebe as mudanças em andamento.

O governo do presidente Michel Temer fez recentemente uma prestação de contas, publicada nos principais jornais do País sob o título 120 dias com coragem para fazer as reformas que o Brasil precisa. Li com atenção o texto, notadamente as medidas que se tornaram realidade, e concordo que as iniciativas traduzem atitude de confiança no País. As coisas estão funcionando independentemente do que o governo faça ou deixe de fazer.

Medidas inteligentes fizeram a inflação deixar de subir e voltar à meta, o que já permite a queda responsável dos juros. A instituição do teto nos gastos públicos, aprovada pelo Congresso Nacional, comprovou a harmonia e independência dos Poderes e a confiança do presidente da República nas Casas legislativas, garantindo investimentos em áreas fundamentais e limitando o crescimento das despesas do governo durante os próximos 20 anos.

A repatriação de capital tornou possível trazer para o País R$ 44 bilhões em impostos. A indispensável reforma previdenciária vai alterar as regras de aposentadoria para garantir a previdência das gerações atuais e futuras. A redução, ainda que tímida, do número de ministérios e a extinção de 14.200 funções e cargos comissionados reduzirá as despesas de custeio da máquina pública federal.

A nova lei que dispõe sobre o estatuto jurídico das empresas públicas, das sociedades de economia mista e de suas subsidiárias no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios foi outra providência positiva, moderna e moralizadora, que possibilitará o rigoroso cumprimento dos princípios referentes à administração pública previstos na Constituição federal: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência. Destaque para a recuperação lenta e segura das grandes estatais brasileiras e a valorização de suas ações.

A aprovação da PEC da desvinculação de receitas da União, que estava paralisada no Congresso, foi mais uma medida necessária e indispensável, assim como a reforma do ensino médio, com a flexibilização do currículo, incluídos ensino técnico-profissional e incentivo ao ensino em tempo integral.

O apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) no transporte de órgãos para transplante em todo território nacional igualmente merece destaque, assim como a retomada da transposição e revitalização do Velho Chico, o Rio São Francisco.

A redução dos juros do cartão de crédito, a liberação de saques nas contas inativas do FGTS, a reforma trabalhista – para garantir os atuais e criar futuros empregos – são mais algumas das muitas medidas que deixaram de ser projetos e se tornaram realidade.

As medidas positivas tomadas pelo governo federal devem ser avaliadas juntamente com outras, negativas, como descrevo a seguir. Em 20 de julho de 2016 foi transformado em lei o Projeto 2648-B/2015, dispondo sobre as carreiras dos servidores do Poder Judiciário da União e concedendo aumentos salariais com reajuste linear total de 12%, escalonado em oito parcelas semestrais no porcentual de 1,5% cada, com início em 1.º de janeiro de 2016 e término em 1.º de julho de 2019. A lei eleva até julho de 2019 o porcentual utilizado para cálculo de gratificação judiciária, dos atuais 90% para 140%. Aumenta ainda os valores para os cargos em comissão a partir de 2016: o cargo CJ-1 é elevado em 16% e os demais, CJ-2 a CJ-4, em 25%. O impacto orçamentário causado pela Lei 13.317/2016 é de R$ 5,8 bilhões ao final de 2019.

Outro projeto de lei (6697-B), que dispõe sobre as carreiras dos servidores do Ministério Público da União, sancionado em 20 de julho de 2016, causará impacto orçamentário de R$ 2,5 bilhões até o final de 2019 (Lei 13.316/2016). 

A Lei 13.302/2016, resultante da aprovação do Projeto de Lei 4244/2015, reajusta a remuneração dos servidores do Senado e causará impacto orçamentário de R$ 748 milhões até 2019. Já o pessoal da Câmara dos Deputados foi beneficiado pela Lei 13.302/2016, que concedeu reajustes remuneratórios impactando o Orçamento da União em R$ 1,09 bilhão até 2019.

Na esfera do Tribunal de Contas da União, o Projeto de Lei 2743 transformado em lei em 27 de julho de 2016, concedeu reajustes a vencimentos básicos, funções de confiança e cargos em comissão, impactando o Orçamento em aproximadamente R$ 320 milhões em quatro anos.

O Projeto de Lei 4250/2015, transformado em lei na mesma data, altera remuneração de servidores e empregados públicos de diversas áreas, com impacto orçamentário de R$ 13,7 bilhões até 2019.

E tem mais. O Projeto de Lei 4251/2015, transformado em Lei em 29/7/2016, alterou a remuneração, as regras de promoção e de incorporação da gratificação de desempenho a aposentadorias e pensões dos servidores na área de educação, com impacto orçamentário de quase R$ 15 bilhões até 2019!

Outros projetos transformados em lei em julho de 2016, somados aos acima relatados, causarão um impacto orçamentário de aproximadamente R$ 73.2 bilhões até 2019.

São dados que impressionam e preocupam, em que pesem as medidas anunciadas e a aprovação da PEC 240.

Enfim, apesar da crise, as medidas exigem severos cuidados. O País só encontrará a estrada da retomada do desenvolvimento com o sacrifício de todos os brasileiros!

* Presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas e do Conselho Superior de Estudos Avançados (FIESP)

As dificuldades da última década agravaram a cultura da crise. Habituamo-nos a falar em década perdida, em falta de perspectivas, em incapacidade dos governos, em brutal queda do nível de emprego e da queda da produção industrial, falta de investimentos, agravamento da crise ética, moral e social. Tudo isso é verdadeiro e justifica a atitude. 

Mas atentando apenas para o que vai mal corremos o risco de não ver o que está dando certo: os indícios de vitalidade da sociedade brasileira estão sendo ignorados pela maioria da população, que não percebe as mudanças em andamento.

O governo do presidente Michel Temer fez recentemente uma prestação de contas, publicada nos principais jornais do País sob o título 120 dias com coragem para fazer as reformas que o Brasil precisa. Li com atenção o texto, notadamente as medidas que se tornaram realidade, e concordo que as iniciativas traduzem atitude de confiança no País. As coisas estão funcionando independentemente do que o governo faça ou deixe de fazer.

Medidas inteligentes fizeram a inflação deixar de subir e voltar à meta, o que já permite a queda responsável dos juros. A instituição do teto nos gastos públicos, aprovada pelo Congresso Nacional, comprovou a harmonia e independência dos Poderes e a confiança do presidente da República nas Casas legislativas, garantindo investimentos em áreas fundamentais e limitando o crescimento das despesas do governo durante os próximos 20 anos.

A repatriação de capital tornou possível trazer para o País R$ 44 bilhões em impostos. A indispensável reforma previdenciária vai alterar as regras de aposentadoria para garantir a previdência das gerações atuais e futuras. A redução, ainda que tímida, do número de ministérios e a extinção de 14.200 funções e cargos comissionados reduzirá as despesas de custeio da máquina pública federal.

A nova lei que dispõe sobre o estatuto jurídico das empresas públicas, das sociedades de economia mista e de suas subsidiárias no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios foi outra providência positiva, moderna e moralizadora, que possibilitará o rigoroso cumprimento dos princípios referentes à administração pública previstos na Constituição federal: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência. Destaque para a recuperação lenta e segura das grandes estatais brasileiras e a valorização de suas ações.

A aprovação da PEC da desvinculação de receitas da União, que estava paralisada no Congresso, foi mais uma medida necessária e indispensável, assim como a reforma do ensino médio, com a flexibilização do currículo, incluídos ensino técnico-profissional e incentivo ao ensino em tempo integral.

O apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) no transporte de órgãos para transplante em todo território nacional igualmente merece destaque, assim como a retomada da transposição e revitalização do Velho Chico, o Rio São Francisco.

A redução dos juros do cartão de crédito, a liberação de saques nas contas inativas do FGTS, a reforma trabalhista – para garantir os atuais e criar futuros empregos – são mais algumas das muitas medidas que deixaram de ser projetos e se tornaram realidade.

As medidas positivas tomadas pelo governo federal devem ser avaliadas juntamente com outras, negativas, como descrevo a seguir. Em 20 de julho de 2016 foi transformado em lei o Projeto 2648-B/2015, dispondo sobre as carreiras dos servidores do Poder Judiciário da União e concedendo aumentos salariais com reajuste linear total de 12%, escalonado em oito parcelas semestrais no porcentual de 1,5% cada, com início em 1.º de janeiro de 2016 e término em 1.º de julho de 2019. A lei eleva até julho de 2019 o porcentual utilizado para cálculo de gratificação judiciária, dos atuais 90% para 140%. Aumenta ainda os valores para os cargos em comissão a partir de 2016: o cargo CJ-1 é elevado em 16% e os demais, CJ-2 a CJ-4, em 25%. O impacto orçamentário causado pela Lei 13.317/2016 é de R$ 5,8 bilhões ao final de 2019.

Outro projeto de lei (6697-B), que dispõe sobre as carreiras dos servidores do Ministério Público da União, sancionado em 20 de julho de 2016, causará impacto orçamentário de R$ 2,5 bilhões até o final de 2019 (Lei 13.316/2016). 

A Lei 13.302/2016, resultante da aprovação do Projeto de Lei 4244/2015, reajusta a remuneração dos servidores do Senado e causará impacto orçamentário de R$ 748 milhões até 2019. Já o pessoal da Câmara dos Deputados foi beneficiado pela Lei 13.302/2016, que concedeu reajustes remuneratórios impactando o Orçamento da União em R$ 1,09 bilhão até 2019.

Na esfera do Tribunal de Contas da União, o Projeto de Lei 2743 transformado em lei em 27 de julho de 2016, concedeu reajustes a vencimentos básicos, funções de confiança e cargos em comissão, impactando o Orçamento em aproximadamente R$ 320 milhões em quatro anos.

O Projeto de Lei 4250/2015, transformado em lei na mesma data, altera remuneração de servidores e empregados públicos de diversas áreas, com impacto orçamentário de R$ 13,7 bilhões até 2019.

E tem mais. O Projeto de Lei 4251/2015, transformado em Lei em 29/7/2016, alterou a remuneração, as regras de promoção e de incorporação da gratificação de desempenho a aposentadorias e pensões dos servidores na área de educação, com impacto orçamentário de quase R$ 15 bilhões até 2019!

Outros projetos transformados em lei em julho de 2016, somados aos acima relatados, causarão um impacto orçamentário de aproximadamente R$ 73.2 bilhões até 2019.

São dados que impressionam e preocupam, em que pesem as medidas anunciadas e a aprovação da PEC 240.

Enfim, apesar da crise, as medidas exigem severos cuidados. O País só encontrará a estrada da retomada do desenvolvimento com o sacrifício de todos os brasileiros!

* Presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas e do Conselho Superior de Estudos Avançados (FIESP)

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