Acidentes de trânsito matam 400 mil jovens por ano

Brasil tem prejuízo de quase R$ 44,5 bilhões e cerca de 7 mil mortos por ano

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os acidentes de trânsito já se tornaram a principal causa de morte entre pessoas de 10 a 24 anos no mundo. Acontecem mais de 1 milhão de mortes por ano, sendo 400 mil de vítimas jovens. Outras 50 milhões de pessoas sofrem algum tipo de acidente de trânsito todos os anos. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que abre nesta segunda-feira, 23, a primeira conferência internacional para lidar com o problema e sugerir um plano para limitar as mortes. A iniciativa conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do primeiro-ministro britânico Tony Blair, que enviaram mensagens à reunião. Segundo a OMS, o problema é mais grave nos países em desenvolvimento, onde as estradas não são adequadas, não há um controle rigoroso das medidas de segurança e carros circulam sem autorização. De cada quatro acidentes fatais no mundo, três ocorrem nestes países. No Brasil, a situação é grave. O País tem prejuízos de US$ 22 bi (quase R$ 44,5 bilhões) . Só nas estradas federais são mais de 65 mil feridos e quase 7 mil mortos por ano. ?Não podemos considerar que esses choques entre carros sejam inevitáveis?, diz Margaret Chan, diretora da agência da ONU para a Saúde. Entre as crianças até 10 anos, infecções respiratórias, Aids e diarréia são as principais causas de morte. Mas entre 10 e 24 anos, as estradas se tornam o principal problema. Segundo o Banco Mundial, nos próximos 20 anos estas perdas podem superar o número de mortos pela malária e tuberculose. De acordo com a OMS, os acidentes de carros custam ao mundo prejuízos de US$ 518 bilhões. Em alguns países mais pobres da Ásia o custo chega a ser equivalente a 1,5% do PIB nacional. Em outros, na África, os prejuízos são superior à ajuda que esses governos recebem do exterior para a luta contra a pobreza. Durante a conferência também será tratado a redução do uso de álcool. Um controle rígido pode gerar uma queda de 20% no número de acidentes fatais.

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