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ANM adota novos critérios e eleva risco de barragem da ArcelorMittal em MG para nível máximo

Localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, barragem agora está no nível 3 de emergência

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RIO – A Agência Nacional de Mineração (ANM) publicou nesta sexta-feira, 11, uma nova versão de seu boletim de acompanhamento de barragens, referente ao mês de fevereiro, no qual eleva para o nível de emergência 3 a barragem da mina de Serra Azul, da ArcelorMittal, localizada em Itatiaiuçu, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Barragem na mina de Serra Azul, da ArcelorMittal, localizada em Itatiaiuçu, na região metropolitana de Belo Horizonte;ANM adotou novos critérios para classificá-la Foto: ArcelorMittal

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Esse nível de emergência é acionado em uma das duas hipóteses: 1) quando a ruptura é inevitável ou está ocorrendo; 2) quando o chamado “fator de segurança drenado” estiver abaixo de 1,1 ou quando o “fator de segurança não drenado de pico” estiver abaixo de 1,0. No caso da barragem de Serra Azul, o segundo fator provocou a mudança de classificação.

A ANM explicou que a reclassificação é resultado da mudança de critérios para determinar o nível de emergência de barragens de mineração, publicada no Diário Oficial em fevereiro, e não por ocorrências recentes na estrutura. A agência alertou que a classificação é dinâmica, podendo mudar a qualquer momento em função de vistorias elaboradas pela empresa.

Procurada, a ArcelorMittal reforçou que a reclassificação não muda as condições de segurança da barragem de Serra Azul, que permanecem inalteradas desde o acionamento do Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM), em fevereiro de 2019. Segundo a empresa, a estrutura não apresenta risco de ruptura iminente e não há exigência de novas medidas de segurança.

“A reclassificação, portanto, se dá em estrito cumprimento do novo critério legal estabelecido pela ANM. A barragem está desativada desde 2012 e o monitoramento da estrutura é realizado 24 horas por dia, com atualizações diárias à ANM”, informou a empresa, acrescentando que desde 2019 optou por adotar , preventivamente, medidas de segurança superiores às exigidas por lei.

Com a reclassificação, o País tem agora quatro barragens a montante – consideradas mais perigosas, como as que colapsaram em Mariana e Brumadinho – classificadas em nível máximo de emergência, todas em Minas Gerais. As outras três unidades são as barragens B3/B4, Forquilha III e Sul Superior, todas pertencentes à Vale e localizadas em Minas Gerais.

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