PUBLICIDADE

Arrecadação tem melhor janeiro da história

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

BRASÍLIAA retomada mais forte da atividade econômica e a concentração de pagamento de impostos, principalmente, de empresas que temem o aumento da taxa básica de juros (Selic) fizeram com que a arrecadação de impostos pela Receita Federal do Brasil atingisse, em janeiro, um nível recorde para o mês. Para surpresa do mercado, o recolhimento de impostos somou R$ 73,027 bilhões no primeiro mês do ano, o que representa aumento real (corrigido pelo IPCA) de 13,64% em relação ao mesmo período de 2009. Em relação a dezembro, no entanto, houve redução de 1,88%. "Não dá para dizer que em fevereiro já teremos um número positivo. Pode ser em fevereiro ou em março", afirmou o coordenador-geral de Estudos, Previsão e Análise, Raimundo Elói de Carvalho. Ele comemorou o resultado de janeiro que considera ser a tendência para os próximos meses. Isso deve acontecer porque, segundo Carvalho, a retomada da economia vai ajudar e não haverá impacto, como aconteceu em 2009, das desonerações. Só no ano passado, o governo abriu mão de R$ 24,9 bilhões para estimular a economia em um momento de crise.Mesmo com esforço, a arrecadação de impostos e tributos despencou no ano passado. O desempenho positivo de janeiro, no entanto, demonstra que o pior já passou e que a melhoria dos indicadores econômicos já repercute no aumento de recolhimento de impostos. "Para a arrecadação, nós estamos fora da crise", afirmou. O coordenador espera que a arrecadação este ano, em relação a 2009, apresente um crescimento. "Só não dá para dizer de quanto."Carvalho destacou que a concentração de pagamento de tributos ? Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre Lucro Líquido ? e a antecipação do recolhimento de impostos puxaram a arrecadação no mês. O recolhimento desses tributos subiu 19,34% (corrigido pelo IPCA) no mês passado em relação a mesmo período de 2009, passando de R$ 15,191 bilhões para R$ 18,128 bilhões. Apenas a arrecadação de empresas que apresentaram a declaração de ajuste subiu quase 30%, saltando de R$ 1,523 bilhão para R$ 1,975 bilhão. O pagamento da diferença de imposto poderia ser feito até março, porém, muitas empresas temiam a elevação da taxa Selic, que atualmente é de 8,75% ao ano.No caso da PIS/Cofins, houve uma ampliação real de 19,55% na comparação entre janeiro de 2009 e de 2010, avançando de R$12,149 bilhões para R$ 14,524 bilhões.Além desse movimento, houve uma forte contribuição na arrecadação dos royalties de petróleo. O item "demais receitas", onde é incluído esse pagamento, somou R$ 3,985 bilhões em janeiro. Por outro lado, o Imposto de Renda Retido na Fonte, Rendimento do Trabalho e Rendimentos de Capital apresentaram queda de 2,8%, ligada à queda da massa salarial e correção em 4,5% da tabela do IR neste ano. E.S.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.