China premia Mugabe com seu 'Nobel da Paz'

Prêmio alternativo Confucius Peace Prize foi dedicado ao presidente do Zimbábue por sua 'liderança nacional inspiradora e serviço em favor do pan-africanismo'

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe foi homenageado pela China com um prêmio alternativo ao Nobel da Paz pelo que o comitê qualificou de "liderança nacional inspiradora e serviço em favor do pan-africanismo". 

Aos 91 anos, Mugabe é o último de uma série de críticos do Ocidente a receber o Confucius Peace Prize. O prêmio foi criado em 2010 em meio ao descontentamento chinês com a premiação do Nobel da Paz para o dissidente chinês preso Liu Xiaobo. 

O presidente do país no sul do continente africano foi eleito em 1980 e é acusado de usar a violência em diversos momentos para garantir suas vitórias. Sob seu comando, o país ficou famoso pela inflação fora de controle. O veterano da lista completou 93 anos em 2017. Foto: Philimon Bulawayo/REUTERS

PUBLICIDADE

"Mugabe superou dificuldados de todos os tipos e tem fortemente se comprometido com a construção de uma ordem econômica e polícia para sua nação, enquanto apoia fortemente o pan-africanismo e a independência da África", justificou o comitê do Confucius Peace Prize, ao anunciar o prêmio.    Mugabe, o chefe de Estado mais velho da África, é um lider resiliente que lutou em guerrilha, faz acusações contra o Ocidente, neutraliza ou conquista dissidentes em casa e está no poder há 35 anos, sem um sucessor claro. 

Ele recebeu apenas 36 dos 76 votos, mas foi escolhido para receber o prêmio após uma reunião dos 13 membros do comitê. Entre os candidatos na disputa estavam o presidente do Casaquistão, Nursultan Nazarbayev, o fundador da Microsoft, Bill Gates, e a presidente da Coreia do Sul, Geun-hye. 

Entre os líderes que já receberam esse prêmio estão o ex-presidente cubano Fidel Castro, e o presidente russo, Vladimir Putin. Nenhum deles, porém, foi até a China receber o prêmio pessoalmente. / AP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.