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Corpo de turista italiano morto no Rio é cremado

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Por PEDRO DANTAS

O corpo do turista italiano Giorgio Morassi, de 29 anos, foi cremado hoje no Cemitério do Caju, na Zona Portuária do Rio, no mesmo dia em que a polícia divulgou a identidade do assaltante que, na segunda-feira, roubou o cordão de ouro do pai do rapaz, foi perseguido e brigou com o estrangeiro - que terminou atropelado por um ônibus na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, na zona sul do Rio. Pela primeira vez, Victor Morassi, irmão da vítima que convidou Giorgio ao País por causa de seu casamento com uma brasileira, comentou o caso. "Espero que algo de bom venha após isto. Sei que não é a primeira tragédia deste tipo, porém espero que esta cidade se torne mais proativa em achar as reais causas destes problemas. Meu irmão morreu protegendo a família dele. Ele deu a vida dele e assim espero que todos se lembrem dele desta forma", disse Victor Morassi. Casamento O italiano adiou o casamento com a brasileira Maria Wilma Chaib e segue com a família nos próximos dias para o interior de Minas Gerais, onde moram os pais da noiva, para decidir o futuro do casal. "Amo o Brasil e nada mudará isto, mas tem coisas aqui que não gosto, como a violência", declarou Victor. Uma viatura do da Polícia Militar está de plantão na porta do hotel onde a família italiana está hospedada. Morador do Morro do Cantagalo, Rodrigo Carvalho Cruz, o "Tico", de 20 anos, identificado por Victor Morassi, foi indiciado por latrocínio e pode ser condenado a até 30 anos. O acusado já foi apreendido pela polícia quando era menor, em 2004, e fugiu da favela logo após a tragédia, segundo a polícia. "Chegamos até ele por meio de uma informação do Disque-Denúncia, que será recompensada em R$ 1 mil. O irmão da vítima o reconheceu. O pai da vítima e o motorista de táxi não tiveram condições de reconhecê-lo, porque tudo aconteceu muito rápido", disse o delegado-titular da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), Fernando Veloso.

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