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Memória, gente e lugares

Líder do Made in Brazil rifa guitarras para se recuperar de AVC

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Foto do author Edmundo Leite
Por Edmundo Leite
Atualização:
Serguei e Oswaldo Vecchione no camarim do Centro Cultural São Paulo em 2017  Foto: Estadão

Quando o roqueiro Serguei passava por dificuldades financeiras nos seus últimos anos de vida, uma mão se estendeu para o desbundado carioca a 400 quilômetros de distância, diretamente da Paulicéia Desvairada. Era Oswaldo Vecchione, que desde 1967 lidera com o irmão Celso o lendário grupo de rock Made in Brazil.

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Amado e idolatrado por um público fiel e devotado que garantia os cachês da banda em bares e pequenas casas de shows, o Made poderia comemorar sozinho sua trajetória cinquentenária. Mas, sempre que possível, o convidado especial Serguei estava por lá com sua bocarra, peruca, figurino e trejeitos únicos para animar ainda mais a festa.

Ao levar Serguei para suas apresentações, Oswaldo garantia mais que uma massagem no ego do roqueiro, que morreu em 2019 aos 85 anos. Graças à generosidade de Oswaldo o público do Made in Brazil pôde ver a alma festiva de Serguei agitando em um palco. E Serguei pôde desfrutar momentos de alegria, como nos shows no Centro Cultural São Paulo em 2017, onde foi feita a foto desse encontro de duas lendas do rock brasileiro.

Pandemia e AVC - Quem precisa de uma ajuda dos amigos agora é Oswaldo. O líder do Made in Brazil sofreu um Acidente Vascular Cerebral em julho do ano passado e desde que recebeu alta do hospital, alguns dias depois, está em tratamento para recuperar os movimentos da mão, braço e perna esquerdas.

Mesmo com o mundo musical destruído por causa da pandemia do coronavírus, Oswaldo Vecchione, aos 73 anos, mantém o Made in Brazil na ativa. De cadeira de rodas e sem movimento no braço esquerdo, Oswaldo tem aparecido tocando pandeiro com a banda, como num enérgico ensaio com a participação do vocalista Simbas [Casa das Máquinas e Tutti Frutti] cantando 'Anjo da Guarda'.

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 Foto: Estadão

Com as possibilidades de shows restritas em meio à pandemia, Oswaldo tem recorrido a sorteios de guitarras doadas por amigos para custear o seu tratamento pós AVC.

Na nova rodada da rifa solidária, serão sorteados três instrumentos autografados pelo artista, com o primeiro prêmio levando um amplificador junto. "Estou cadeirante, mas com muita fé que um dia volto a andar e a tocar baixo! Obrigado a todos que gostam e tem simpatia por mim e pela minha carreira. Amo vocês e agradeço a ajuda!"

Cada número custa cem reais e os dados para participar estão na imagem abaixo.

 Foto: Estadão

>> Leia mais sobre o Made in Brazil no Acervo Estadão

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