A General Motors se prepara para anunciar nesta sexta-feira sua saída da concordata, depois de 40 dias de reorganização, período em que, com apoio do governo norte-americano, liquidou dívidas e gastos que levaram a empresa centenária à crise. Uma ordem judicial desta quinta-feira permitiu a venda de ativos da GM para uma nova companhia, da qual o Tesouro norte-americano será dono de 60 por cento. Uma complicação legal no processo agora parece improvável. O fechamento da venda, com o aval judicial, vai marcar a conclusão de um esforço sem precedentes do governo norte-americano para salvar do fim a GM e a Chrysler, envoltas em dívidas e gastos trabalhistas. A Casa Branca desembolsou quase 80 bilhões de dólares para apoiar a indústria automotiva. A Chrysler deixou a concordata há um mês. A empresa seguiu um plano de venda de ativos, e seu controle operacional terminou nas mãos da italiana Fiat. Nesta sexta-feira, no quartel-general da GM, em Detroit, Fritz Henderson, executivo-chefe da empresa, e Ed Whitacre, executivo que vai passar a liderar a companhia, devem lançar a nova GM. O anúncio de sexta-feira deve completar um processo de concordata de, ao todo, pouco mais de um mês para a GM, mais rápido do que o cronograma ousado estipulado pela Casa Branca. (Reportagem Caroline Humer, com reportagem adicional de Grant McCool e Kevin Krolicki)
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