Grã-Bretanha baixa normas para transplantes de rosto

Entre os requisitos, há a obrigação de garantir que o paciente conheça as conseqüências de uma rejeição do tecido e uma avaliação psicológica completa

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Colégio Real de Cirurgiões da Grã-Bretanha, organização responsável por definir os padrões da prática cirúrgica no país, baixou uma norma com 15 condições que devem ser atendidas antes que seja realizado um transplante de rosto. Em outubro, um comitê de ética aprovara o plano de um hospital londrino para executar o que deverá ser o primeiro transplante total de rosto, mas afirmara que nenhum paciente havia, até então, sido selecionado. Cirurgiões franceses executaram o primeiro transplante parcial de rosto no ano passado. Desde então, médicos chineses também já realizaram um transplante parcial. Em relatório divulgado nesta segunda-feira, o Colégio Real afirma ter "reservas consideráveis" quanto a esse tipo de intervenção. Mas o presidente do comitê criado pela instituição para avaliar o procedimento, sir Peter Morris, afirmou, em entrevista coletiva, que o procedimento poderá ser realizado, "enquanto for realizado num ambiente de pesquisa, com tudo o que isso implica". Não se trata apenas de "um exercício cirúrgico", disse ele, acrescentando que a perícia necessária "existe há mais de 30 anos". O relatório afirma que, entre os requisitos, há o apoio da família do doador, a obrigação de garantir que o paciente conheça as conseqüências de uma rejeição do tecido e uma avaliação psicológica completa. O Comitê Especial de Ética do London´s Royal Free Hospital aprovou, em outubro, uma proposta para uma série de quatro cirurgias de transplante, afirmando que a lista de candidatos deverá estar completa dentro de um ou dois semestres.

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