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Ingrid Betancourt foi resgatada, anuncia Governo da Colômbia

Política colombiana era refém das Farc desde 2002; outros 14 reféns teriam sido soltos.

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Por Claudia Jardim

O ministro de Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta quarta-feira que o Exército do país resgatou a política colombiana Ingrid Betancourt, que era mantida como refém havia seis anos pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Segundo Santos, além de Betancourt, os militares resgataram mais 14 reféns: três americanos e 11 policiais e soldados colombianos. "Estão livres, sãos e salvos", afirmou o ministro. "Esta operação não tem precedentes e deixa em alta a qualidade e profissionalismo das Forças Armadas Colombianas." De acordo com informações do ministro, o Exército capturou aos guerrilheiros que faziam um cordão de segurança na área de cativeiro dos seqüestrados e que esses rebeldes teriam convencidos aos demais guerrilheiros a entregar os reféns. Ingrid Betancourt foi seqüestrada em 2002 quando concorria à Presidência da Colômbia. Com nacionalidades colombiana e francesa, ela era a refém mais importante da guerrilha e compunha ao lado de outras 38 pessoas o grupo de reféns considerados passíveis de troca em um acordo humanitário entre governo e guerrilheiros. Em abril, em meio a relatos sobre o seu frágil estado de saúde, chegou-se a especular que Betancourt poderia estar morta. Na época, a candidata apareceu em um vídeo com semblante fraco e doente. Outros reféns Segundo o ministro da Defesa, o Exército colombiano poupou a vida dos guerrilheiros que estavam em poder dos reféns na esperança de que o grupo armado liberte o restante dos seqüestrados em seu poder. "Decidimos não atacá-los e respeitamos a vida (dos guerrilheiros) para que as Farc em reciprocidade soltem o resto dos seqüestrados." Estima-se que as Farc detenham cerca de 700 pessoas em seu poder. O ministro também mencionou "infiltração" da guerrilha no estado de Guaviare, mas não deu detalhes sobre essa informação. Santos fez um apelo "às cabeças" das Farc para que entreguem as armas e evitem derramamento de sangue. "O governo afirma que se querem negociar, oferecemos a eles uma paz digna", disse Santos ao final da coletiva de imprensa em que anunciou o resgate dos reféns. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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