O Desembargador João André D´Vicenzo, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), determinou à Companhia do Metropolitano de São Paulo a suspensão do edital que previa a entrega dos envelopes com as propostas para licitação da linha 4 do Metrô paulista nesta terça-feira. A medida foi tomada em aditamento à liminar do TJ-SP que suspendia a licitação, mas não impedia a entrega das propostas pelos eventuais interessados. Com a decisão do TJ-SP, os metroviários decidiram cancelar a greve marcada para terça-feira. A licitação da linha 4, conhecida como linha Amarela, que liga a Luz à Vila Sônia, trata-se de uma parceria Público-Privada (PPP), na qual o governo paulista assumirá 73% dos custos da obra e a iniciativa privada, os 23% restantes. Em contrapartida pela participação, o vencedor da licitação terá o direito de explorar a venda de bilhetes do metrô por 30 anos. Para os trabalhadores a medida caracteriza-se como uma privatização e a greve seria em protesto contra esse processo. Seria a primeira de uma série de paralisações com o objetivo de influenciar a opinião pública e impedir a continuidade da licitação. Diante da decisão judicial, os funcionários do Metrô se sentiram contemplados, mas continuam mobilizados, pois ainda cabem recursos judiciais.