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Mulher e assassina de Gucci terá novo julgamento

Por Agencia Estado
Atualização:

Um tribunal de Mestre, perto de Veneza, determinou, hoje, que Patrizia Reggiani Martinelli, que está condenada a 26 anos de prisão, pelo assassinato, em 1995, de seu ex-marido, o herdeiro Maurizio Gucci tenha novo julgamento. Venceram as alegações de membros de sua família de que ela sofreu danos cerebrais muito sérios para que se possa responsabilizá-la pelo crime. A família argumentou que os danos foram causados durante uma cirurgia para retirada de tumor no cérebro, anos atrás e, portanto, não poderia ter planejado um assassinato. Novos testes médicos mostram a extensão dos danos, segundo seus advogados de defesa. Segundo eles, os testes não estavam disponíveis na Itália, durante seu primeiro julgamento. Além de acatar esses argumentos, o tribunal indicou quatro especialistas para fazer um novo relatório do estado mental de Patrizia, que não compareceu à sessão. ?Foi uma decisão justa e lógica?, afirmou seu advogado, Danilo Bongiorno, depois da audiência. ?Estamos parcialmente satisfeitos?, disse uma de suas filhas, Alessandra Gucci. ?Estávamos muito preocupados porque ela não está bem. Esperamos que ela possa voltar logo para casa.? Mas não está claro se Patrizia poderá ter o novo julgamento em liberdade. Patrizia foi condenada em 1998 como a responsável pela morte de seu ex-marido, que recebeu quatro tiros enquanto andava para seu prédio de escritórios em Milão. Gucci foi o último da família a administrar a empresa italiana de produtos de luxo. Durante o julgamento, os promotores disseram que Patrizia tinha encomendado a execução do ex-marido por temer que ele dilapidasse sua fortuna com uma nova companheira. Eles a pintaram como uma mulher gananciosa que não estava satisfeita com os US$ 860.000 de sua pensão anual. Quatro outros acusados também foram condenados. Em 2000, um tribunal de apelação de Milão mantiveram a condenação mas reduziram sua pena de 29 para 26 anos.

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