Número de mortes na Grande Vitória passa de 100, diz sindicato
Presidente do Sindpol afirma que estatística deixou de ser atualizada por pressão do governo, mas garante que quantidade de vítimas já supera uma centena
RIO - Mais de 100 pessoas morreram na Grande Vitória desde o início do motim da Polícia Militar no Espírito Santo, no sábado, 4. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol-ES), Jorge Leal, a planilha deixou de ser atualizada na manhã desta quinta-feira, 9, quando havia 95 mortes violentas registradas.
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"A estatística deixou de ser atualizada, mas já temos informações de que o número de mortes passou de 100. Isso é fato", afirmou Leal. "As mortes não deixaram de ocorrer porque o governo fez pressão para que os policiais não divulgassem."
Entre as vítimas está o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Guarapari (Sintrovig), Walace Belmiro Fernaziari, morto a tiros, perto da garagem da Viação Sanremo, em Vila Velha, na Grande Vitória. A informação foi confirmada pelo também sindicalista Edson Bastos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES)
1 / 18Veja fotos do Espírito Santo durante motim de PMs
Motim no ES
Policiais militares decidiram fazer uma paralisação no Espírito Santo. Familiares impedem a saída dos PMs na frente dos quartéis. A Polícia Civil em a... Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃOMais
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O protesto da Polícia Civil foi motivado pela morte de um agente Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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A Polícia Civil também decidiu fazer uma paralisação por tempo indeterminado Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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Os policiais militares não têm reajuste há quatro anos Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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O protesto dos policiais gerou uma onda de violência e ataques no Espírito Santo. Diante da falta de segurança, a população se revoltou e fez manifest... Foto: AP Photo/Diego HerculanoMais
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Diante do caos no Espírito Santo, as Forças Armadas foram acionadas Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
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Diante do cenário de caos, o governo autorizou a ida de mais 550 homens das Forças Armadas Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO
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Blindados das Forças Armadas ocuparam as ruas de Vitória Foto: Blindados das Forças Armadas ocuparam as ruas de Vitória
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Blindados das Forças Armadas ocuparam as ruas de Vitória Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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Com medo de sair de casa, a população já estoca comida Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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Menino cumprimenta soldados em tanque no Espírito Santo Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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Forças Armadas foram convocadas para reforçar policiamento Foto: REUTERS/Paulo Whitaker
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Policial detém um homem suspeito de roubar uma motocicleta em Cariacica, no Espírito Santo Foto: REUTERS/Paulo Whitaker
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Vizinhos observam a retirada de dois corpos de mulheres assassinadas em um bairro de Vitória Foto: EFE/Antonio Lacerda
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Vizinhos observam a retirada de dois corpos de mulheres assassinadas em um bairro de Vitória Foto: EFE/Antonio Lacerda
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Forças Armadas reforçam o patrulhamento no Espírito Santo Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
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Soldado revista um homem em Vila Velha durante patrulhamento Foto: REUTERS/Paulo Whitaker
A crise na segurança pública no Espírito Santo chega nesta quinta-feira ao sexto dia com a população ainda com muita sensação de insegurança. No início desta manhã, as ruas de Vitória apresentam mais uma vez pouca movimentação.
Até o fim da tarde desta quinta-feira, mais 650 homens do Exército e da Força Nacional de Segurança devem chegar ao Estado, elevando o contingente para 1.850. O governo informou que são necessários pelo menos 2.000 para fazer a segurança em todo o Espírito Santo. Em circunstâncias normais, esse é o contingente diário apenas na Grande Vitória.