(Atualizada às 9h30) NAIRÓBI - A Força Aérea do Quênia bombardeou nesta segunda-feira, 6, duas bases do grupo jihadista Al-Shabab no sul da Somália, em resposta ao ataque realizado na quinta-feira pelos extremistas contra uma universidade queniana, na qual os terroristas mataram 148 pessoas, informaram fontes militares.
O ataque atingiu bases terroristas em Gondodowe e Ismail, em Gedo, região no sul da Somália na fronteira com o Quênia, segundo as fontes disseram para o jornal queniano "The Standard".
Trata-se do primeiro ataque das Forças de Defesa do Quênia (KDF, na sigla em inglês) após o massacre na Universidade de Garissa, que foi assumido pelo Al-Shabab no próprio dia do ataque. Garissa fica no nordeste do Quênia, próximo da fronteira com a Somália.
"Nos concentramos nestas duas áreas porque, de acordo com a informação que dispomos, os milicianos vêm de lá para atacar o Quênia", afirmaram as mesmas fontes. O exército não revelou se o ataque causou vítimas.
O Quênia tem dificuldade para deter o fluxo de jihadistas e armas da Al Shabab através da extensa fronteira de 700 quilômetros com a Somália. A falta de controle e a dimensão do território fizeram com que, no ano passado, os ataques contra cidades como Mandera e Garissa aumentassem.
O massacre na universidade é o pior desde o atentado contra a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi, em 1998, que causou 213 mortos.
A Al-Shabab matou mais de 400 pessoas no Quênia desde abril de 2013 em represália à presença de tropas quenianas na Somália para combater os jihadistas, que pretendem instaurar um estado wahhabista em seu país. / EFE