''Quero uma capital moderna, a mais bela do mundo''

PUBLICIDADE

Por Marcia Vieira
Atualização:

O desejo do então presidente Juscelino Kubitschek deixou claro o tamanho da empreitada. "Quero uma capital moderna, a mais bela do mundo". Aos 102 anos, o arquiteto Oscar Niemeyer lembra com prazer daquele encontro com JK em sua casa, na Estrada das Canoas, em São Conrado, no Rio, quando ouviu pela primeira vez os planos sobre a construção da nova capital. Falando daqueles tempos, garante que não mudaria nada de lugar. Faria no máximo ajustes levando em conta avanços técnicos e novas tecnologias ecologicamente corretas. Mas deplora os estragos feitos ao longo dos anos. "São as contingências decorrentes do crescimento desordenado, que tem afetado Brasília e outras metrópoles."Passados 50 anos, Niemeyer acredita que o maior acerto foi o Plano Piloto de Lúcio Costa. "Foi uma solução inovadora que manteve os diversos setores independentes. A área habitacional ligada ao pequeno comércio e às escolas, o Eixo Monumental a lembrar a grandeza de nosso País, e a Praça dos Três Poderes a completá-lo de maneira harmoniosa, como Lúcio preferia".Niemeyer conta que tomou cuidado para respeitar os espaços livres previstos no Plano e acha que acertou. "Eles eram belos e equilibrados."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.