Secretária municipal de Saúde defende implantação de Organizações Sociais em SP

Maria Cristina Cury acredita que as Organizações Sociais podem melhorar atendimento médico na cidade

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Por Agencia Estado
Atualização:

A secretária municipal de Saúde, Maria Cristina Cury, defendeu a implantação das Organizações Sociais (OSs)na área da saúde. Segundo ela, as OSs vão potencializar o trabalho da administração municipal, uma vez que o serviço em parceria ´foge das amarras burocráticas´. A secretária participou nesta quarta-feira, 4, do sexto debate da série ?Repensando São Paulo?, que vem sendo realizada pelo Jornal da Tarde. A primeira OSs será inaugurada pelo município ainda em outubro, na zona leste de São Paulo. "Nossa primeira será nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), em toda microrregião, Cidade Tiradentes e Guaianazes", explicou Maria. Serão 32 unidades de saúde, dois prontos-socorros, os Centros de Atenção Psicossocial(CAPS) e unidades de Atendimento Médico Ambulatorial (AMA) que estão naquela região. Podem se inscrever como OS associações, Organizações não-governamentais (ONGs) e outras entidades que atuam na área da Saúde, Meio Ambiente ou Cultura, sem fins lucrativos, com cinco anos de atuação e estatuto adaptado. Elas são escolhidas pela Secretaria Municipal de Saúde ou outro órgão da Prefeitura, sem licitação, e receberão seus recursos para administrar equipamentos públicos de saúde. A Prefeitura vai repassar mensalmente o dinheiro para as OS e também fará a sua fiscalização com a Câmara Municipal e o Tribunal de Contas do Município "A vantagem vai ser em ajudar a trazer entidades parceiras que já trabalham na região, abrir um núcleo com sistemas de referências, além de estabelecer metas de qualidade e quantidade", declarou Cristina, ao ser questionada sobre o os benefícios das Organizações Sociais para a população e para a administração. A secretária explicou que os médicos e enfermeiras das entidades parceiras que irão trabalhar ao lado dos profissionais concursados terão salários superiores. Desta forma, eles deverão ser encaminhados para as regiões mais distantes da cidades, onde é difícil preencher todas as vagas. Com isso, também deverá ser regularizado o atendimento em plantões, já que esses profissionais poderão ser demitidos se faltarem no trabalho Segundo Cristina, o fato dos novos profissionais da saúde contratados para as OS ganharem mais também deverá forçar a administração da cidade a rever os salários dos servidores da saúde Também participaram do debate o coordenador do Centro de Apoio Operacional da Cidadania do Ministério Público, João Francisco Moreira Viegas, o superintendente de Hospitais Afiliados da SPDM, professor Nacime Salomão Mansur, e o presidente do Centro Paulista de Economia em Saúde, Marcos Borges Ferraz.

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