'Superlua azul de sangue' faz show em 3 atos no norte do planeta
Ocorrência simultânea de superlua, 'Lua Azul' e eclipse total não era vista desde 1866 e só voltará em janeiro de 2037
Por Fabio de Castro
Atualização:
SÃO PAULO - O luar foi triplamente especial nesta quarta-feira, 31, no Hemisfério Norte, com a ocorrência simultânea de uma superlua, uma “Lua Azul” e um eclipse total da Lua. Dos três fenômenos, porém, apenas a superlua pôde ser observada do Brasil. O eclipse total ocorreu durante o dia, por volta das 9h30.
'Superlua Azul de Sangue' ilumina o céu em todo o mundo; veja fotos
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Anchorage, Alasca (Estados Unidos)
Nesta quarta-feira, 31 de janeiro de 2018, ocorrem três fenômenos lunares simultaneamente. Foto: Dan Joling/AP
Londres (Reino Unido)
A Agência Espacial Americana (Nasa, na sigla em inglês) está denominando a rara combinação desta quarta-feira de "Super Lua de Sangue". Foto: Toby Melville/Reuters
Grão-Porto (Malta)
O fenômeno da Superlua é a coincidência da data da Lua Cheia com a passagem do satélite natural da Terra pelo perigeu, o ponto mais próximo da órbita ... Foto: Darrin Zammit Lupi/ReutersMais
Legazpi (Filipinas)
O segundo fenômeno observado é o eclipse total da Lua. Foto: Erik de Castro/Reuters
Skopje (Macedônia)
O terceiro acontecimento não é um fenômeno astronômico. "Lua Azul" é apenas o nome dado à segundo Lua Cheia do mês, o que só ocorre a cada dois anos e... Foto: Ognen Teofilovski/ReutersMais
Londres (Reino Unido)
O termo "Lua de Sangue" faz referência a um evento claramente perceptível: a coloração avermelhada que a Lua adquire durante um eclipse lunar total. Foto: Eddie Keogh/Reuters
Londres (Reino Unido)
O termo "Lua Azul" tem raiz na lnglaterra Medieval e faz referência a acontecimentos pouco prováveis. Até hoje, a expressão "Once in a Blue Moon" é us... Foto: Toby Melville/ReutersMais
Siliguri (Índia)
População se reúne na aldeia Sahudangi, nos arredores de Siliguri, para observar a "Superlua Azul de Sangue". Foto: Diptendu Dutta/AFP
Islamabade (Paquistão)
Montagem com fotos tiradas nesta quarta-feira, 31, em Islamabade mostra a Lua durante o eclipse lunar conhecido como "Superlua Azul de Sangue". Foto: Aamir Qureshi/AFP
Nicósia (Chipre)
Por razões desconhecidas, a referência ao sangue ficou mais popular no século atual, e agora qualquer eclipse lunar total carrega essa referência. Not... Foto: Yiannis Kourtoglou/ReutersMais
Madri (Espanha)
O eclipse lunar total não pode ser visto do Brasil, pois quando a Lua começou a entrar na sombra da Terra era dia no País. O auge foi às 11h29, no hor... Foto: Sergio Perez/ReutersMais
Londres (Reino Unido)
Vermelha ou azul?Nas efemérides astronômicas, a referência mais antiga da "Lua Azul" faz menção à quarta Lua Cheia em uma mesma estação, sugestão que ... Foto: KIrsty O'Connor/PA/APMais
Nakapiripirit (Uganda)
Normalmente, em uma estação do ano ocorrem 3 Luas Cheias, já que uma estação do ano tem cerca de 3 meses de duração, e o período entre duas Luas Cheia... Foto: Yasuyoshi Chiba/AFPMais
Istambul (Turquia)
Porém, essa pequena diferença entre a lunação e a duração das estações do ano vai se acumulando ao longo dos anos, até o momento em que logo no início... Foto: Emrah Gurel/APMais
Skopje (Macedônia)
Sempre que há duas Luas Cheias em um mesmo mês, a segunda é chamada de "Lua Azul". Foto: Ognen Teofilovski/Reuters
Islamabade (Paquistão)
A "Lua Azul" é um tema astronômico popular, bastante explorado pela indústria cultural. Foto: B.K. Bangash/AP
Allahabad (Índia)
Indianos se reúnem para ritual de acompanhamento do eclipse lunar em Allahabad. Foto: Sanjay Kanojia/AFP
Calcutá (Índia)
O mais intrigante de tudo é que a Lua pode, sim, parecer azul, mas por razões que não envolvem os calendários. Foto: Dibyangshu Sarkar/AFP
Barcelona (Espanha)
Assim como os gases da atmosfera da Terra refratam a luz do Sol e deixam a Lua vermelha durante o eclipse, as partículas de poeira também podem atuar ... Foto: Albert Gea/ReutersMais
Belgrado (Sérvia)
É algo incomum, pois é necessário que as partículas tenham tamanho da ordem do comprimento de onda da luz vermelha (cerca de 0,7 mícrons), sem a prese... Foto: Marko Djurica/ReutersMais
Leganés (Espanha)
A "Superlua" pode ser até 30% mais brilhante que uma Lua Cheia afastada da Terra, mas a diferença é quase imperceptível para um observador desavisado. Foto: Susana Vera/Reuters
Mumbai (Índia)
Desde o ponto de vista astronômico, o maior interesse está nas observações e medidas durante o transcurso do eclipse total. Foto: Punit Paranjpe/AFP
Bolsover (Reino Unido)
Para saber mais sobre astronomia,acompanhe o blogTelescópio, mas, antes, que tal dar uma olhada para o céu e ver a Lua? Foto: Aaron Chown/PA/AP
Já o fenômeno conhecido como “Lua Azul” não é observável: ele se refere apenas à ocorrência de duas Luas cheias no mesmo mês. Apesar do nome, a Lua não fica azul. A primeira Lua cheia de janeiro ocorreu no dia 1º, quando também ocorreu uma superlua. A coincidência dos dois fenômenos havia ocorrido pela última vez em última vez em 1982.
Uma superlua ocorre quando a Lua está cheia e, ao mesmo tempo, em seu perigeu - isto é, quando sua órbita atinge a maior proximidade da Terra e o satélite aparece 14% maior, com um brilho 30% mais forte.
Os eclipses lunares, por sua vez, ocorrem quando a Lua passa pela sombra da Terra, o que não ocorre todos os meses porque a órbita da Lua está ligeiramente inclinada com relação à eclíptica, isto é, ao plano da órbita da Terra em relação ao Sol.
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Quando o eclipse é total, a Lua não desaparece do campo de visão, mas adquire uma tonalidade avermelhada, razão pela qual o fenômeno também é conhecido informalmente como “Lua de Sangue”. A atmosfera da Terra, que se estende por cerca de 80 quilômetros além do diâmetro terrestre, atua como lente, desviando a luz do Sol, ao mesmo tempo que filtra eficazmente componentes azuis, deixando passar só a luz vermelha que será refletida pela Lua, produzindo uma característica tonalidade cor de cobre.
O último eclipse total da Lua ocorreu em 2015. De acordo com a Nasa, a agência espacial americana, além do eclipse total de 31 de janeiro, o fenômeno ocorrerá novamente no dia 27 de julho de 2018. A coincidência de uma superlua com um eclipse lunar voltará a ocorrer no dia 21 de janeiro de 2019. Segundo a Nasa, a última vez que uma Lua Azul coincidiu com superlua e eclipse lunar no Hemisfério Norte foi no dia 31 de março de 1866. O triplo fenômeno só voltará a ocorrer no dia 31 de janeiro de 2037.
O eclipse lunar desta quarta-feira foi visto parcialmente em toda a América do Norte e América Central, em Colômbia, Peru, Venezuela e Equador, oeste e sudeste da Ásia, leste da África, metade oriental da Europa e Escandinávia. Nessas áreas, porém, a Lua desapareceu no horizonte antes da conclusão do fenômeno - ou surgiu no céu apenas depois do seu início.
Completo
O fenômeno só pôde ser observado do início ao fim na Oceania, no Alasca, no noroeste do Canadá, no Havaí, na metade oriental da China e da Rússia, no Japão, na Mongólia, nas Filipinas e na Indonésia.