WASHINGTON – A Academia de Hollywood, responsável pela realização do Oscar, irá arquivar as investigações internas contra seu presidente, John Bailey, acusado de assédio sexual por três fontes não identificadas. Segundo a organização, nenhuma medida contra o diretor de fotografia será adotada.
Segundo comunicado da Academia, “os comitês formados pelos membros e administração da Academia determinaram, por unanimidade, que nenhuma ação será necessária no mérito das investigações”. A nota ainda diz que “as descobertas e recomendações dos comitês serão reportados para o Conselho da Academia, que apoia a recomendação: John Bailey permancerá como Presidente da Academia”.
As investigações contra Bailey começaram no último dia 13, data em que a Academia recebeu uma denúncia anônima contra o atual presidente por conduta sexual inapropriada. Na mesma semana, veículos da imprensa de Hollywood divulgaram denúncias anônimas de três mulheres que acusaram Bailey de assediá-las durante as gravações de um filme. O evento teria ocorrido há dez anos. + Expulsão de Harvey Weinstein da Academia de Hollywood levanta questões sobre outros nomes+ Oscar adota código de conduta após expulsão de Weinstein
Em um memorando enviado à equipe da Academia, Bailey afirmou que as acusações eram falsas. "É dito que tentei tocar uma mulher inapropriadamente enquanto ambos estávamos em uma caminhonete num estúdio cinematográfico. Isso não aconteceu", escreveu.
John Bailey, que tem 75 anos, é diretor de fotografia e sua trajetória inclui filmes como “Gente como a Gente” (1980), “Feitiço do Tempo” (1993) e “Melhor Impossível” (1997). Em 8 de agosto do ano passado, foi eleito presidente da Academia de Hollywood e assumiu o cargo deixado por Cheryl Boone Isaacs. //REUTERS e EFE