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‘Mulher-Hulk’, ‘Patrulha do Destino’: onde assistir aos melhores filmes e seriados de super-heróis

Marvel e DC seguem caminhos distintos na briga pela dianteira no cinema e no streaming

Foto do author Pedro Cirne
Por Pedro Cirne
Atualização:

Outrora “apenas” uma gigante americana dos quadrinhos de super-heróis, a Marvel construiu, de 2008 para cá, um caminho próprio levando seus super-heróis para fora das HQs. Primeiro, nos cinemas; depois, em séries; e agora o Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês) é quase onipresente.

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A rival DC Comics tinha personagens muito mais conhecidos (Superman e Batman) e tentou, sob o comando do diretor Zack Snyder, ir para o mesmo caminho.

Não deu certo, e em 2022, a editora anunciou uma grande mudança de rumo: desistiu de sua visão “realista e sombria” para super-heróis e vai tentar um caminho diferente. James Gunn (você verá este nome algumas vezes neste texto) assumiu o lugar de Snyder como mente criativa do audiovisual da DC. Ainda não dá para dizer o que vem daí, mas 2022 dá pistas de por que a Marvel continua na dianteira e o que Gunn já fez para a DC apostar nele para concorrer com a rival. Veja os destaques de 2022:

Dentro do Universo Cinematográfico Marvel

Mulher-Hulk: Defensora de Heróis: esta série curta misturou muito humor, metalinguagem e a ótima atuação da Tatiana Maslany para entregar diversão ao mesmo tempo em que abordava temas como misoginia, machismo e a banalização da violência contra a mulher apenas para criar “entretenimento”. Dito assim, parece “palestrinha”, mas nada disso: foi diversão de qualidade. Disponível na Disney+

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura: um longa que dividiu opiniões por parecer ser um episódio no meio de um filme maior. É difícil assisti-lo sem ter acompanhado o ótimo seriado WandaVision antes e, ao mesmo tempo, o longa termina com pontas abertas que parece que falta um desfecho. Mas não deixa de ser uma ótima aventura, carregada por ótimos efeitos visuais e por excelentes atuações, Benedict Cumberbatch e Elizabeth Olsen à frente, além de pequenos e incríveis easter eggs para fãs, como as participações do Senhor Fantástico e do Professor Xavier. Disponível na Disney+

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre vem carregado de uma dupla tarefa. Primeiro, estar à altura do ótimo Pantera Negra, longa de 2018 e do qual é continuação direta. O longa original foi sucesso de público e de crítica, sendo indicado a sete Oscar (inclusive de melhor filme) e vencendo três. Mas o maior desafio foi honrar Chadwick Boseman, ator falecido em 2020 e que, sem o qual, o personagem Pantera Negra não teria virado o ícone que é hoje. Estreia na Disney+ no dia 1º de fevereiro

Ms. Marvel: assim como Mulher-Hulk, uma série curta que diverte e aprofunda temas importantes. E, da mesma maneira que Pantera Negra mergulhou com respeito na cultura africana, Ms. Marvel o fez na cultura paquistanesa. A atriz Iman Vellani, islâmica e descendente de paquistaneses como a heroína que interpreta (Kamala Khan, a Ms. Marvel do título), tem potencial para ser um dos rostos do MCU nos próximos anos. Disponível na Disney+

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Fora do Universo Cinematográfico Marvel

The Boys (terceira temporada): poderes, uniformes, identidades secretas, pancadaria com efeitos especiais de muita qualidade... Sim, The Boys é uma série de super-heróis engraçada e muito violenta, mas não só isso. Por trás das cenas de muita ação há uma crítica que parece ser ao próprio gênero dos super-heróis, mas que é voltada à indústria do entretenimento. Disponível na Amazon Prime Video

Patrulha do Destino: o universo da DC Comics vai muito além de Superman e Batman - basta saber procurar. Mais do que isso, aliás: é preciso saber o que fazer com os personagens que se tem em mãos. A quarta temporada da série da Patrulha do Destino, que estreou em dezembro, retoma um grupo completamente disfuncional de seres com superpoderes - será que eles são, de fato, super-heróis? Humor, ação, drama e, acima de tudo, roteiros completamente imprevisíveis. Disponível na HBO Max

Pacificador: James Gunn dirigiu dois longas para a Marvel com personagens da terceira divisão em popularidade, os tais Guardiões da Galáxia. O resultado foi ótimo e ele foi para a DC com um desafio similar: a série do Pacificador, um personagem ainda menos popular e bem mais complexo, cheio de defeitos e traumas. Gunn se saiu tão bem que, no fim do ano, foi escolhido para reerguer o universo audiovisual da DC. Disponível na HBO Max


Animações

Por algum motivo, a DC se sai melhor em suas animações do que em seus filmes e longas live-actions. Justiça Jovem estreou em 2010 e teve apenas quatro temporadas - a segunda metade da última estreou em março deste ano. Com muita criatividade e respeitando as dezenas e dezenas de personagens que aparecem, esta série animada merece um lugar de destaque entre as melhores obras audiovisuais de super-heróis do ano, apresentando muita ação enquanto aborda temas como luto, islamismo e sexualidade. Disponível na HBO Max

Harley Quinn, protagonizada pela Arlequina, é uma verdadeira fábrica de memes e chega à sua terceira temporada de casa nova (HBO Max). O que Justiça Jovem tem de sério, Harley Quinn tem de anárquico, criando um humor voltado para o público adulto. Todos estão em sua mira - principalmente sua editora, a DC Comics. Nesta temporada, há até a participação especial de James Gunn, que ainda não havia assumido o universo audiovisual da DC, interpretando... James Gunn. Disponível na HBO Max

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