Discretamente, Naguib Sawiris foi recebido há duas semanas por Michel Temer, por Eliseu Padilha, e passou para conversar na Anatel. Tudo por causa da costura de acordo com os detentores de títulos da Oi - os chamados "bondholders".
O plano do investidor egípcio é ajudá-los a recuperar R$ 14 bilhões investidos na tele e, por meio deles... controlar a companhia.
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Sawiris disse a Temer que estaria disposto a colocar US$ 1,5 bilhão do próprio bolso na empresa, segundo fontes próximas ao empresário - que é fundador da tele egípcia Orascom Telecom e responsável pelo salvamento da italiana Wind - processo que durou quatro anos.
Ele não quer, entretanto, Nelson Tanure lá dentro. O empresário carioca é conhecido por comprar empresas quebradas e não exatamente recuperá-las. Sawiris quer também deslocar do jogo os portugueses da Pharol, que, na prática, controlam a companhia.
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Suas ideias foram bem vistas no governo Temer. O egípcio convenceu, ao dizer que sua proposta vai aliviar o atrito entre credores, acionistas e fornecedores, além de manter a qualidade dos serviços prestados ao consumidor.