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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Marcos Palmeira combate o negacionismo em ‘A Era dos Humanos’: ‘Esse é um filme sem achismos’, diz

A Era dos Humanos estreia no próximo dia 11; o longa também será exibido como série na Globoplay

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Foto do author Gilberto Amendola
Por Gilberto Amendola
Atualização:

Na próxima segunda-feira (11), chega aos cinemas A Era dos Humanos, uma produção do Grupo Storm, que conta com apresentação do ator Marcos Palmeira, além do roteiro e direção de Iara Cardoso.

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O filme explora como os pensamentos, intuições, emoções e sentidos humanos impactam o meio ambiente para explicar como a natureza humana está por trás das mudanças climáticas. O filme será exibido na rede Cinemark, a partir do dia 11 de setembro, nos Shoppings Pátio Higienópolis, em São Paulo, e Downtown no Rio de Janeiro. O longa também será exibido, em 4 episódios, pela Globoplay.

A coluna esteve na pré-estreia do filme, no Dia da Amazônia (6 de setembro), no Shopping Cidade Jardim, e conversou com o ator Marcos Palmeira e a diretora e roteirista do filme de Iara Cardoso. A Seguir:

Ator Marcos Palmeira e cineasta e roteirista Iara Cardoso no shopping Cidade Jardim Foto: Daniel Teixeira


Marcos, o que te atraiu neste projeto?

A Iara me apresentou esse projeto em que o ser humano é colocado como agente da transformação, como ferramenta para o bem ou para o mal. Esse é um filme e uma série baseada em ciência, sem achismos, baseada em dados científicos. Além disso, esse é um tema que me toca. Espero que esse filme seja uma forma das pessoas entenderem como podemos ajudar nessa mudança em relação à natureza e, principalmente, mostrar que esta mudança não está só nos outros, mas dentro de cada um.

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É um desafio superar esse negacionismo que paira na sociedade?

A fonte de pressão do negacionismo no Brasil diminuiu um pouco, mas ele continua aí mesmo no governo Lula. Falar em furar poço de petróleo na Amazônia... Essa discussão existe porque não ouvem os técnicos. Neste governo, é verdade, melhorou. Mas esse populismo ainda está muito presente. Espero que a ‘Era dos Humanos’ toque as pessoas. Ele é diferente de todos os programas e séries que já fiz.

O filme é otimista?

Ele é mais motivacional. Vivemos um momento emergencial. Mas o filme aponta soluções. Abrimos uma discussão. E espero as pessoas entendam que existe ainda um pouco de tempo para essa mudança.

Pensa em atuar politicamente nesta área ?

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Eu não tenho nem temperamento para isso. Fico muito honrado da Marina Silva (Ministra do Meio Ambiente e Mudanças do Clima do Brasil) já ter vislumbrado uma opção como essa. Fico honrado, mas não me seduz. Eu não sou uma pessoa que busca o conflito. Acho que posso colaborar mais com minha capacidade de comunicação. Claro, que volta e meia eu fico: Será! Mas não...

Iara, como nasceu a ideia do filme?

Nasceu da paixão pela ciência e pelos heróis que fazem a ciência no Brasil. Fazer ciência no Brasil não é fácil. A gente tem heróis reconhecidos mundialmente, mas pouco conhecidos aqui. É preciso dar o peso para eles. A ideia também foi unir a natureza humana à questão da natureza. Ou seja, como a natureza humana causa impactos na natureza que nos cerca e como o universo interior se conecta ao universo ao redor.

Você acredita que o filme tenha uma missão?

Foi um grande desafio. Nós conectamos mais de 20 áreas de conhecimento para mostrar, por exemplo, como uma borboleta marrom na amazônia está conectada aos tornados do Texas. Estamos caminhando para uma próxima extinção em massa - que será a nossa. A missão aqui é sensibilizar as pessoas...

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