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Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

Sob comando de Fernanda Feitosa, SP-Arte faz 20 anos com trabalhos políticos e emoção

Além de obras de Anita Malfatti e Alfredo Volpi, a feira exibe bambus coloridos de Ione Saldanha, fotos de Claudia Andujar sobre a situação dos yanomamis e a crítica social de Maxwell Alexandre

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Por Paula Bonelli
Atualização:

A SP-Arte celebra duas décadas de existência em 2024. Na Fundação Bienal de São Paulo, a feira reunirá 180 expositores de arte e design a partir desta quarta-feira, 3, até domingo, atraindo colecionadores e representantes de instituições artísticas que desejam incrementar seus acervos. Dos 32 brasileiros selecionados para a próxima Bienal de Veneza muitos estarão presentes com obras na 20ª edição da SP-Arte como Ione Saldanha com seus bambus coloridos, o goiano Danton Paula e o modernista ítalo-brasileiro Alfredo Volpi.

Fernanda Feitosa, diretora e fundadora da SP-Arte Foto: Ding Musa

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“Fazer 20 anos já traz uma carga emocional significativa. Estamos produzindo uma série de vídeos e compartilhando no Instagram, com diversas pessoas relatando suas experiências desse período”, afirma Fernanda Feitosa. “A SP-Arte é uma plataforma de transformações e de conexão entre o Brasil e o mundo, tendo trazido pela primeira vez as principais galerias de arte internacionais para o Brasil”, menciona a diretora e fundadora da feira.

É possível observar nos corredores da Bienal obras de artistas mulheres abordando temas contemporâneos, como desigualdades de gênero, raça e sociais. “Sempre haverá um aspecto político facilmente identificável em uma feira de arte que, na realidade, é uma grande exposição de arte”, lembra Fernanda, destacando o trabalho fotográfico de Claudia Andujar, ativista suíça naturalizada brasileira, sobre a situação dos yanomamis e as telas de Maxwell Alexandre sobre a vida na periferia.

A faixa de preço das obras varia de R$2 mil a R$2 milhões, abrangendo desde artistas jovens com obras pequenas até nomes que marcaram a história da arte, como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Hélio Oiticica. Desde visitantes que vão apenas observar os trabalhos a colecionadores e patronos de museus que fazem aquisições, a movimentação costuma ser intensa nos cincos dias de feira. Ainda sobre a dinâmica do evento, é comum a obra ser reservada com antecedência por um interessado para vir a ser adquirida logo no primeiro dia da SP-Arte.

A programação da semana de arte inclui ainda conversas com dez artistas como Adriana Varejão, Vik Muniz e Lidia Lisbôa na Arena Iguatemi, no segundo piso da Bienal. Há ainda diversos eventos como lançamentos de livros – são 14 editoras participantes. O programa oferece um circuito de atividades em diferentes endereços da cidade. Essa agenda está no aplicativo da SP-Arte. Um áudioguia no Spotify foi elaborado com o intuito de promover a educação sobre o mercado de arte.

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