Israel é o primeiro país a proibir o comércio de peles para moda

O comércio de peles, importação e exportação só estará liberado para fins de pesquisa, ensino e algumas tradições religiosas

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Por Redação
Atualização:

Israel baniu nesta quarta-feira, 9, por decreto ministerial, o comércio de peles para moda, tornando-se o primeiro país a adotar uma legislação tão rígida, anunciou o Ministério do Meio Ambiente. 

"O comércio de peles, importação e exportação, será proibido, exceto quando for feito para pesquisa, ensino e algumas tradições religiosas", informou o ministério em um comunicado, no qual especifica que a medida entrará em vigor em seis meses. 

Assim, a sua utilização para a confecção do Schtreimel, chapéu usado por alguns judeus ultraortodoxos, continuará a ser autorizada. 

Protesto em Barcelona, em 2018, contra o uso de pele e couro na moda Foto: Albert Gea/Reuters

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"A indústria do comércio de peles causa sofrimentos inimagináveis aos animais e este decreto vai transformar o mercado da moda israelense, aprimorando-o no campo do respeito" à natureza, disse em comunicado Gila Gamliel, ministra do Meio Ambiente. 

A instituição também publicou uma carta enviada por Jane Halevy-Moreno, diretora da Coalizão Internacional Antipeles (IAFC, por sua sigla em inglês), na qual ela comemorava o decreto e o qualificava como um "gesto histórico". 

Em 1976, Israel proibiu a criação de animais para obtenção de suas peles. 

Vários países baniram parcialmente o comércio deste material, especialmente quando se trata de espécies ameaçadas de extinção, como focas.

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Até agora, a proibição total só se aplica a algumas cidades, como São Paulo, no Brasil, ou no estado da Califórnia. 

Na Índia, regulamentações semelhantes foram impostas em nível nacional, mas apenas para pele de vison, raposa e chinchila.

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