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Boca Livre comemora 40 anos de estrada com apresentações em SP

Grupo faz shows hoje e amanhã e lembra sucessos de sua trajetória, como 'Quem Tem a Viola' e 'Toada'

Por Leonardo Zvarick
Atualização:

Formado em 1978 no Rio de Janeiro, o conjunto vocal Boca Livre celebra quatro décadas de estrada com apresentações em São Paulo. Os shows ocorrem neste sexta, 30, e sábado, 1º de dezembro, na casa Tupi or not Tupi, no bairro da Vila Madalena.

Composto atualmente por Zé Renato (violão e voz), David Tygel (viola 10 cordas e voz), Lourenço Baeta (violão, flauta, percussão e voz) e Maurício Maestro (contrabaixo, violão, arranjos e voz), o grupo ensaia um repertório marcado por canções clássicas, como Quem tem a Viola, Diana e Toada. Ao mesmo tempo, a banda aproveita a ocasião para apresentar ao público algumas das novidades de seu próximo disco, que tem lançamento previsto para fevereiro de 2019.

Maurício Maestro, David Tygel, Zé Renato e Lourenço Baeta vão ministrar workshop vocal no sábado, às 10h Foto: Frederico Mendes

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Após cinco anos afastado do estúdio, o Boca gravou algumas canções incorporadas recentemente ao seu repertório, como Amor de Índio, de Beto Guedes e Ronaldo Bastos. Outras, ganharam pela primeira vez os arranjos inconfundíveis do grupo, como Um Violeiro Toca, de Almir Sater e Renato Teixeira. Ambas serão tocadas nos shows em São Paulo, assim como a faixa que dá título ao novo álbum, Viola de Bem Querer, que contará ainda com participações de João Coutinho e Pandeiro Repique Duo, além de outros músicos.

“A viola tem esse sentido de comunhão, de juntar todo mundo em roda para tocar. Ao mesmo tempo, remete à nossa sonoridade, baseada em arranjos vocais sobre instrumentação acústica”, diz Zé Renato, um dos membros fundadores do grupo, que também vai mostrar nos shows sucessos como Mistérios e Folila, além de versões de Panis et Cirsensis e Cruzada. “É algo que simboliza o espírito do grupo e que nos leva às nossas origens”, conta ainda.

Em 1979, o Boca Livre fez parte de um momento muito singular da discografia brasileira. Depois de receber várias negativas de gravadoras, o grupo recém-formado tomou a ousada decisão de produzir seu primeiro álbum de forma independente, financiado por familiares e amigos. “Nós recebíamos os vinis da fábrica e dali em diante éramos responsáveis por tudo – colocar na capa, montar o encarte, vender nos shows. Era um trabalho em que a gente participava mesmo”, relembra Zé Renato. O rápido e inesperado sucesso do álbum não apenas lançou o grupo, como criou uma referência para toda a geração de músicos independentes na década seguinte.

Passados quase 40 anos, o Boca pretende revelar ao público paulista alguns de seus segredos. Além das duas apresentações, o grupo vai ministrar, na manhã de sábado, 1º de dezembro, um workshop vocal (das 10h às 13h, R$ 180). “Vamos pegar dois ou três arranjos e destrinchá-los para os inscritos, para que compreendam a maneira como trabalhamos”, explica Zé Renato. Ao final, os participantes vão cantar uma das músicas com os membros da banda.

SERVIÇO

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Tupi or not Tupi. Rua Fidalga, 360, tel. 3813-7406

6ª (30) e sábado (1º/12), às 21h30, R$ 140

Workshop (1º/12), 10h, R$ 180

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