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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

'Arctic' esquenta a madrugada de Cannes

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Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

Rodrigo Fonseca Ninguém é inimigo de James Bond por acaso: pra desafiar 007, a pessoa tem que ter virtudes sobre-humanas, como Mads Mikkelsen, que encarou o agente secreto de Sua Majestade em Cassino Royale, demonstra ter no febril Arctic, exibido agora no 71º Festival de Cannes, em sessão Midnight. De um domínio cirúrgico da cartilha da aventura, a direção é de Joe Penna, nascido em SP e consagrado no audiovisual por sua visibilidade com projetos no YouTube. Na trama, Mikkelsen é um sobrevivente de um desastre aéreo às voltas com uma paisagem a 0º do Ártico, coroada por rochas que desabam e ursos polares famintos. Teve gente pulando na cadeira de susto durante a projeção, lotada apesar da hora: meia-noite. Nesta sexta, Cannes confere, na Quinzena dos Realizadores, uma coprodução entre Brasil, Colômbia e França ambientada na Ilha da Fantasia, nos confins fluviais da Amazônia e batizada poeticamente de Los Silencios, tendo Enrique Diaz no elenco. A paulistana Beatriz Seigner é a diretora do projeto. Na Semana da Crítica, tem dobradinha luso-brasileira em Diamantino, de Daniel Abrantes e Gabriel Schmidt, sobre a jornada onírica de um craque da bola. Vale lembrar que o Cannes Classics presta tributo ao centenário de Ingmar Bergman (1918-2007) com uma cópia zero bala de O Sétimo Selo (1957).

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