PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Comédia romântica que não se esquece

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
Drew Barrymore e Adam Sandler no set de "Como Se Fosse A Primeira Vez" - Foto por Darren Michaels - © 2003 Columbia Pictures Industries  

Rodrigo Fonseca Passou o Dia dos Namorados e quem amargou solidões, curtindo fossa, a mendigar afeto, vai exorcizar o peito com a ajuda da TV Globo, pois vai passar "Como Se Fosse a Primeira Vez" ("50 First Dates", 2004). Essa joia será exibida nesta "Sessão da Tarde", às 15h30, abrindo os caminhos da vida para o querer. É uma pedida perfeita também pra quem passou o 12 de Junho agarradinho, sendo feliz. É um filme perfeito pra todas as ocasiões. Egresso de tramas incorretas, há muito esquecidas, como "Mong & Lóide" (1995) e "Meus Queridos Presidentes" (1996), Peter Segal construiu, por pura sorte, um monumento ao amor, um manifesto em prol dos analgésicos poderes das mãos dadas. É um filme perfeito tanto para enamorados que estão juntinhos quanto pra aqueles estão a um oceano de distância. Estrela maior da Netflix nos tempos atuais, Adam Sandler - que então somava uma média de bilheteria de US$ 100 milhões por filme - vive Henry Roth, um biólogo marinho bom de lábia no quesito cantada. Mas sua manhã para seduzir ganha um norte quando uma Estrela de Belém chamada Lucy cruza seu caminho. Professora de Artes, a pintora interpretada (com vividez) por Drew Barrymore luta dia a dia com um problema de perda da memória recente. Seu low point é não registrar nos ossos da lembrança as vivências posteriores ao acidente que fez fratura em seu cérebro. Seu pai (Blake Clark) e seu irmão (Sean Austin) a amam, mas são oponentes em sua melhora, pois a protegem a realidade de uma quase amnésia. Mas a chegada de Roth é quase um cometa Halley em seu peito e não há superego que o detenha. Caberá a ele a tarefa de conquistar a moça, do zero, todo dia... TODO SANTO DIA, como todo amor sagrado exige. A produção, que custou US$ 75 milhões e faturou US$ 198 milhões, é um marco da década passada, com um roteiro pautado pela originalidade. Nas telas brasileiras, o longa ganhou uma dublagem de requinte, digna de aplausos. Miriam Ficher dubla Drew e Alexandre Moreno, em estado de graça, dubla Sandler.

PUBLICIDADE

p.s.: O elogiado monólogo "Cora do Rio Vermelho", com a atriz Raquel Penner, está de volta ao Rio de Janeiro, para três únicas apresentações, nos dias 16, 17 e 18 de junho, no Centro Cultural Justiça Federal, no Centro. A peça, sucesso de crítica em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, retorna à cidade após esgotar ingressos em Belo Horizonte, levar mais de 1.200 pessoas ao teatro em Uberlândia e encantar o público em Tiradentes e Juiz de Fora. Com dramaturgia de Leonardo Simões e direção de Isaac Bernat, o espetáculo faz um passeio pela vida e a obra da poeta, contista e doceira Cora Coralina, com textos e poemas que falam sobre a força feminina e a alma da mulher brasileira. A montagem propõe uma relação de cumplicidade entre a atriz e a plateia, com momentos intimistas e divertidos.

p.s. 2: Reconhecido pelo trabalho de dança em espaços urbanos, o Grupo SATS apresenta o ciclo de palestras "Encruzilhadas: para transitar a palavra", neste sábado, das 14h às 17h, no Tropigalpão, na Glória, com a participação de pesquisadores das artes do corpo. No evento, Felipe Ribeiro apresenta a palestra-performance "Latente Manifesto", sobre as especulações que nos atravessam diante dos limites dos sentidos; e Xandy Carvalho participa com a palestra-performance "Rodas e Redes Ancestrais do Jongo", uma reflexão sobre a ancestralidade a partir da memória. O evento é gratuito, com mediação de Deisi Margarida e Rodrigo Gondim, diretores do SATS.

p.s. 3: Nesta quarta-feira, às 17h30, o CCBB vai debater a obra de Raduan Nassar a partir de uma reflexão sobre "Lavoura Arcaica", o livro (de 1975) e o filme (2001). Suzana Vargas é a organizadora do evento.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.