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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Trueba encerra San Sebastián

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:

Rodrigo Fonseca Há quinze anos, Fernando Trueba, cineasta madrileno ganhador do Oscar por "Belle Époque", esteve na Bahia para lançar um documentário sobre um projeto de inclusão pela música, chamado "O Milagre do Candeal", demarcando seu interesse pela América Latina. Interesse esse que se fez presente uma vez mais em "El Olvido Que Seremos", um ensaio sobre uma série de vicissitudes políticas vividas pelo povo da Colômbia, exibido na sexta e neste sábado no fecho do 68º Festival de San Sebastián. Javier Cámara vive um ativista na Medellín dos anos 1970. O longa resgata o prestígio como ficcionista de que Trueba desfrutava na década de 1990 e que ficou para trás ao longo do tempo em que ele debruou-se mais sobre narrativas documentais e animadas. O realizador tem uma obra-prima pop que merecia ser redescoberta nestes dias de streamings: "Quero Dizer Que Te Amo" ("Two Much", 1995). Nele, Antonio Banderas vivia um pinto que, fora da mídia, enganava viúvas, oferecendo a elas quadros que dizia terem sidos comprados pelos mortos. Num de seus golpes, ele atrai a namorada de um gângster (Melanie Griffith) e a irmã dela (Daryl Hannah). "Persigo expressões de afetos que nos levem a resistir", disse Trueba ao P de Pop numa de suas viagens ao Brasil. "Encanta o modo como a arte das Américas, em especial a música, traduz suas paixões".

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