Este é o momento em que ressurge a força que foi contida diante de acontecimentos que a alma humana não conseguiu administrar direito, eis que ressurgem os sapos engolidos e não digeridos, os desaforos que, apesar de não querê-lo, nossa humanidade levou para casa.
Um dia a alma humana se insurge contra o que a oprime, pois ainda que por mera conveniência, por covardia, por incompetência ou porque ignorava as verdadeiras consequências do que acontecia, ainda que tenha se entregue à infâmia de ser menos do que poderia ser, o dia chega em que nossa humanidade se defronta com sua própria força e, como que não tendo mais nada a perder, declara abertamente sua insurgência.
Aos olhos esse não é um momento esteticamente agradável, há muita tensão e grosseria envolvidas, mas o alívio é justo, não é possível a humanidade ser vítima de opressão.
Nem tudo é agressão, porém, dessa tensão surgem também grandes e corajosos movimentos para que a vida adquira um rumo melhor. Quando os idealistas se apropriam de momentos assim eles e elas conseguem fazer com que projetos muito benéficos avancem e se destaquem.