O fundo americano de private equity Advent está comprando ações do grupo de educação Estácio para se tornar um acionista relevante e ter poder de decisão na empresa, apurou o Estado. Outro acionista importante, o empresário Chaim Zaher, estaria fazendo o mesmo movimento, segundo pessoas a par do assunto.
Depois que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) barrou a fusão do grupo de educação com a Kroton, os dois investidores estariam se mobilizando para ganhar maior poder na companhia, uma das maiores do País, para tornar a Estácio a grande consolidadora do setor, de acordo com fontes.
Procurados pela reportagem, Zaher, que tem cerca de 10% de participação no grupo, e o fundo Advent não quiseram se manifestar sobre o assunto. Forte alta. Ontem, as ações do grupo de educação encerraram com forte alta de 14,78%, a R$ 19,72, a maior elevação do índice Ibovespa. O aumento dos papéis do grupo foi atribuído ao bom desempenho dos resultados financeiros da companhia no segundo trimestre, que foram divulgados ontem.
A companhia de educação registrou lucro líquido de R$ 166,3 milhões, revertendo prejuízo líquido de R$ 19,9 milhões no mesmo período do ano passado. A receita líquida do grupo fechou a R$ 913,4 milhões, uma expansão de 9,3% em relação ao mesmo período de 2016.
A companhia está buscando aquisições para expandir sua participação no mercado. O presidente do grupo, Pedro Thompson, disse ontem, durante teleconferência de resultados, que a empresa está traçando novas estratégias de expansão após o veto da fusão com a Kroton no Cade. Thompson afirmou que, independentemente do movimento de expansão, o grupo busca melhor rentabilidade