Publicidade

Agro Amazônia investe em estrutura própria para beneficiar sementes em MG

Primeira fase da obra, que demandará de US$ 25 milhões a US$ 30 milhões, permitirá produzir 500 mil sacas para a safra 2024/25

Foto do author Coluna  Broadcast Agro
Por Coluna Broadcast Agro
Atualização:

A Agro Amazônia, subsidiária da japonesa Sumitomo Corporation, prevê uma série de investimentos para fazer frente à demanda crescente por insumos agrícolas. O principal deles é a construção de uma indústria de beneficiamento de sementes de soja própria em Patos de Minas (MG) – hoje opera em plantas de terceiros. Com isso, expandirá a produção da Dagma, marca criada com a argentina DonMario, além de outras variedades. A primeira fase da obra, que demandará de US$ 25 milhões a US$ 30 milhões, permitirá produzir 500 mil sacas para a safra 2024/25, diz Roberto Motta, o CEO. Até 2027, a capacidade chegará a 1 milhão de sacas. Para a safra 2023/24, a empresa prevê vender 2 milhões de sacas de diversas marcas, sendo 500 mil da Dagma.

Sede da Agro Amazônia em Cuiabá (MT). Distribuidora de insumos agrícolas deve abrir ao menos nove lojas em 2023  Foto: Agro Amazônia

Novo CD agilizará entregas

Também em 2023 a companhia construirá um Centro de Distribuição de sementes e defensivos em Cuiabá (MT), com depósito de 13 mil metros quadrados, que substituirá um ou dois centros de terceiros, de um total de cinco. CDs em outras capitais são avaliados.

Novas compras previstas em 2023

PUBLICIDADE

Com 61 filiais em 9 Estados, a Agro Amazônia abrirá até 8 lojas em 2023, além de 3 da recém-adquirida Nativa. Em 2024, deve chegar a São Paulo. Novas aquisições, que podem ocorrer este ano, viabilizarão o ingresso no Sudeste e Sul, diz Motta. Em 2023, a previsão é crescer 12,5% e faturar R$ 6,3 bilhões, ante R$ 5,6 bilhões em 2022.

CRESCE MAIS. A TCP Partners, empresa de investimentos e gestão, prevê fechar o ano com 14 operações no agronegócio, das quais 8 são fusões e aquisições, conta Ricardo Jacomassi, sócio e economista-chefe. Em 2022, a TCP fechou seis negócios no setor. Apesar da combinação de juros altos e preços de commodities em queda, o executivo ainda vê oportunidades de fusões e aquisições em cadeias como irrigação e farináceos, mas não descarta a possibilidade de maior demanda por serviços de reestruturação financeira e operacional.

SEGUE O BAILE. O segmento de distribuição de insumos, que vem em forte consolidação nos últimos anos, o executivo vê espaço para R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões em aquisições no País, especialmente envolvendo empresas do Sul e Sudeste. Com grandes players do setor integrando aquisições recentes, companhias de médio porte vislumbram espaço para ir às compras, diz Jacomassi.

NÃO ÀS PERDAS. A desenvolvedora de softwares de automação para processos produtivos Cogtive espera mais do que triplicar sua carteira global de clientes do setor de alimentos e bebidas até 2024, de 15% para 50%. Para isso, aposta no Brasil. A empresa usa inteligência artificial e robotização para otimizar atividades no chão de fábrica e estima que interrupções na linha de produção e má gestão resultem em desperdícios anuais de mais de R$ 270 bilhões no segmento de alimentos e bebidas no País, potencial que quer explorar.

NO FORNO. A gestora Good Karma Partners (GK) ainda não terminou de investir os cerca de R$ 400 milhões captados para seu primeiro fundo, que tem a agricultura sustentável entre seus alvos, mas já prevê a criação de outros fundos, com captações ainda maiores, conta Raphael Falcioni, sócio da empresa. Um deles deve ser dedicado ao clima e envolverá empresas do agronegócio em estágio maduro. No alvo estão agtechs de identificação de pragas nas lavouras, empresas de bioinsumos e biomassa, pecuária, entre outras. “Para a pauta climática, cheque pequeno não funciona”, diz Falcion.

Publicidade

SÓ O COMEÇO. Os pouco mais de R$ 400 milhões captados até o momento, a GK já aplicou aproximadamente 15%, conta a sócia da gestora, Patrícia Nader. Os recursos foram destinados a quatro empresas, sendo duas da área de saúde, uma de clima e uma do agro, o Rehagro, de educação voltada ao setor. Para o portfólio entrarão ainda mais seis a oito empresas e espera-se que, até o fim deste ano, entre duas e quatro sejam anunciadas.

GIRO

Bancos fazem balanço positivo da Bahia Farm Show

Bancos esperam o dobro de propostas de financiamentos em relação a 2022 Foto: Divulgação

Banco do Brasil, Bradesco e Santander esperavam na sexta-feira fechar sua participação na Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães (BA), com o dobro de propostas de financiamento ante 2022. Mesmo com preços dos grãos mais baixos, os bancos constatam forte interesse em investimento. O evento é um indicativo do apetite dos produtores para a próxima safra.

VEM AÍ

Cooperativas reforçam pleito de R$ 410 bi para safra

OCB se reúne com o ministro Carlos Fávaro nesta segunda-feira Foto: Tiago Queiroz /Estadão

A menos de um mês para o Plano Safra 2023/24, que se inicia oficialmente em 1.º de julho, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) retoma nesta segunda-feira as tratativas com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. A entidade pede R$ 410 bilhões para a próxima política agrícola./ CLARICE COUTO, LETICIA PAKULSKI, GABRIELA BRUMATTI e ISADORA DUARTE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.