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Pluma, do setor de aves, diversifica produção e quer dar salto em pescados

Companhia quer quadruplicar a criação de tilápia em Mato Grosso do Sul, de 30 mil abates/dia hoje para 120 mil até 2025

colunista convidado
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Por Coluna Broadcast Agro
Atualização:

O grupo Pluma, referência no setor avícola, aposta nos pescados para diversificar sua operação. Com a empresa Mar & Terra, adquirida em 2021, quer quadruplicar a criação de tilápia em Mato Grosso do Sul, de 30 mil abates/dia hoje para 120 mil até 2025. O salto deve refletir aportes recentes de R$ 220 milhões na compra e expansão de seu frigorífico e na aquisição de uma fábrica de ração. “Há investimentos pesados para termos market share considerável nos próximos anos”, diz Marcos Paludo, gerente comercial do mercado interno. O grupo também cria peixes de mar no Pará, para exportação, e em Santa Catarina. “Por produzirmos frangos e outros produtos, conseguimos ter escala em pescados. Diversificar é a estratégia”, resume Paludo.

Projeção do grupo Pluma é quadruplicar sua produção atual em Mato Grosso do Sul, para 120 mil peixes/dia até 2025 Foto: Roosevelt Cássio/Estadão

Ganha-ganha

A distribuidora de insumos agrícolas Lavoro vem apostando em operações financeiras chamadas derivativos para estimular compras antecipadas por produtores. Nas vendas por barter, em que eles quitam o financiamento meses depois, com a entrega do produto agrícola a um valor prefixado, a empresa inclui um derivativo garantindo que, se o valor do produto subir até certo nível, o agricultor ganhará a diferença – se era R$ 150 no ato da compra e foi a R$ 160 depois, ele receberá R$ 10/saca, explica Marcos de Oliveira, diretor de Barter.

Ambição

A Lavoro já contabiliza R$ 100 milhões em vendas de insumos pela “Operação Alvo”, como é chamada a transação, e espera somar mais R$ 300 milhões até o fim da safra 2022/23, em junho do próximo ano. Qualquer produtor que compre um pacote de sementes, defensivos e fertilizantes recebe o derivativo sem custo. Em quatro anos, a intenção é chegar a 40% das operações de barter feitas com derivativos. No último ano, dos R$ 8 bilhões em vendas da empresa, R$ 1,2 bilhão foi por barter, segundo Oliveira.

Meu bem

A Bradesco Seguros tem conseguido ampliar a venda de seguros para máquinas agrícolas financiadas pelo banco. Enquanto em 2021 cerca de 55% dos empréstimos do Bradesco para compra de maquinário contavam com seguro do equipamento, o porcentual atual é de 60% a 65%, conta Saint Clair Pereira Lima, diretor da seguradora. No primeiro semestre, o montante de apólices somou R$ 110 milhões, alta de 54% ante igual período de 2021; 36% dos mais de 24 mil itens segurados foram tratores.

Mapeamento

Da população brasileira, 68% têm visão positiva do agro, aponta pesquisa do Movimento Todos a Uma Só Voz, feita em parceria com a Fundação Dom Cabral. O levantamento ouviu 4.215 pessoas entre junho e julho no País. Entre os que vivem no campo ou próximos a ele (28%), 80% avaliam bem o setor. O ponto de atenção reside na faixa entre 30 e 59 anos, da qual 38% veem o agro como um dos responsáveis pelos impactos ambientais – o dobro do total da amostra, que foi de 19%.

A pesquisa será divulgada no 14.º Congresso de Marketing do Agro ABMRA, no dia 14, e no dia 28, na Fundação Dom Cabral, e servirá para nortear a comunicação do campo com a sociedade, diz Paulo Rovai, coordenador-geral. O objetivo é “fortalecer a marca agro no País”. O Movimento Todos a Uma Só Voz reúne as mais representativas associações do setor, universidades e empresas.

Governo quer mexer de novo no RenovaBio

Menos de 2 meses após mudar metas da política de estímulo a biocombustíveis, o RenovaBio, o Ministério de Minas e Energia propõe mais ajustes. Por medida provisória, quer alterar obrigações de aquisição e definir um órgão regulador. Distribuidoras defendem as mudanças, mas parte do setor diz que a MP desvirtua o programa.

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Agricultor brasileiro de olho na safra americana

Produtores brasileiros aguardam nesta segunda-feira os números do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para a safra de milho daquele país. A possibilidade de corte na estimativa por causa do clima mais seco pode levar os preços a subirem no Brasil. O USDA prevê atualmente safra de 364,7 milhões de toneladas nos EUA. / SANDY OLIVEIRA, CLARICE COUTO, LETICIA PAKULSKI, TÂNIA RABELLO E GABRIELA BRUMATTI

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