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Timbro compra americana BTG, de lácteos, para acelerar expansão externa

Joint venture com a BTG permitirá à Timbro ampliar a oferta ao Brasil e também exportar para multinacionais com presença na África e na América Central, como a Nestlé

colunista convidado
Foto do author Coluna  Broadcast Agro
Atualização:

A trading brasileira Timbro, que exporta commodities agrícolas e metais e realiza importações para terceiros, adquiriu 70% da americana BTG Ingredients. A joint venture com a BTG, que compra ingredientes lácteos nos Estados Unidos e vende a outros países, permitirá à Timbro ampliar a oferta ao Brasil e também exportar para multinacionais com presença na África e na América Central, como a Nestlé. Abre caminho ainda para a comercialização de açúcar a clientes da BTG. Hoje, a movimentação de açúcar, algodão, café e lácteos tanto do Brasil quanto dos EUA soma 900 mil toneladas. “Em três a cinco anos, queremos ao menos dobrar o volume”, diz Bruno Russo, fundador e vice-presidente da Timbro.

Impulso

A base na Flórida permitirá exportar mais algodão brasileiro e americano, de 70 mil toneladas, em 2022, para 200 mil, em cinco anos. Já a Timbro Dairy – fusão da Timbro e da BTG – deve faturar US$ 125 milhões em 2022, com expectativa de dobrar esse total em 2024.

Um dos objetivos é ampliar comercialização de algodão Foto: EVELSON DE FREITAS / AE

Radar

A Timbro cresceu 73% no ano passado, faturando R$ 7,5 bilhões, e espera bater R$ 11 bilhões neste ano. A meta para 2030 é alcançar R$ 50 bilhões. Russo criou a área de fusões e aquisições para intensificar a verticalização. Deve comprar o primeiro ativo em um porto nos próximos meses.

Contra a corrente

A despeito de o segmento de fertilizantes ter registrado queda de 29% na entrega a produtores em julho, a Galvani superou em 1,4% o volume de julho e agosto, com 202,5 mil toneladas. Marcos Stelzer, o CEO, diz que a empresa “se preparou” elevando a produção em 16% no bimestre, para 165,1 mil toneladas, de modo a atender à esperada demanda para o plantio da soja em setembro. Produtores vinham adiando compras após a alta dos preços internacionais dos adubos.

De olho

O setor sucroenergético tem intensificado o uso de tecnologias digitais em favor da produtividade. A Atvos investiu R$ 3,4 milhões na Plant+, que monitora em tempo real, com geolocalização e sensores, as condições de plantio de cana-de-açúcar em todas as unidades da empresa, nos Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Com a ferramenta, a companhia prevê aumento da produtividade média em 6,7 toneladas por hectare e retorno financeiro de R$ 5,8 milhões por safra.

Menos é mais

Em busca de rendimento nos canaviais, a sucroalcooleira Clealco decidiu mapear desperdícios com apoio da empresa de tecnologia Atech, do grupo Embraer. Nas lavouras da unidade de Queiroz (SP), a análise ajudou a reduzir em 55% o tempo de manobra de colhedoras e tratores e aumentou a eficiência na extração do caldo da cana em 0,56%, incremento na receita de R$ 8 milhões por safra. A Clealco teve lucro líquido recorde em 2021/22 e prevê faturar R$ 1,6 bilhão em 2022/23.

Novo aporte

Após levantar R$ 100 milhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), a Frigol recebeu autorização para nova emissão, conta Eduardo Miron, CEO da companhia. Quarto maior frigorífico do País, tem neste ano motivos para comemorar. No primeiro semestre o faturamento superou R$ 2 bilhões, 35% acima ao de igual período do ano passado. “O 3.º trimestre também foi muito bom”, adianta.

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Diferencial

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Só para a China a Frigol registrou em setembro a maior quantidade exportada em um único mês. Para atender à demanda, Miron diz que a companhia criou estrutura específica de procedimentos “para responder aos mais de 100 itens” que o país exige. “Não tivemos plantas desabilitadas nas nossas operações”, conta. O país asiático é o principal destino de carne bovina da Frigol, que tem operações em São Paulo e no Pará.

* Com Clarice Couto, Gabriela Brumatti, Sandy Oliveira e Isadora Duarte

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