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Bolsa engata 4ª alta seguida e ganhos de outubro já somam 6,5%

B3 fechou em alta de 0,83% nesta quarta-feira, 5; enquanto isso, o dólar teve uma leve alta de 0,31%, para R$ 5,18

Por Luis Eduardo Leal e Antonio Perez

O Ibovespa estendeu a série positiva pelo quarto dia e fechou em alta de 0,83%, a 117.197 mil pontos nesta quarta-feira, 5. A B3 já sobe 6,51% no mês, com ganhos no ano de 11,81%. O dólar fechou a sessão cotado a R$ 5,18, avanço de 0,31%. A redução da oferta de petróleo anunciada na Europa teve efeito sobre o comportamento da moeda americana.

A aversão a risco pautou os mercados desde cedo. Mas foi amplificada pela redução da oferta de petróleo anunciada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O corte da produção de petróleo será de 2 milhões de barris por dia (bpd) a partir de novembro – o maior desde abril de 2020, quando a pandemia começou.

Redução da produção de petróleo Foto: Getty Images

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Após o anúncio, a Casa Branca informou que o presidente dos EUA, Joe Biden, ficou “desapontado” com a decisão. Segundo o comunicado americano, a decisão terá impacto principalmente em países de baixa e média renda, que já estão lidando com o aumento dos preços de energia, causado principalmente pela guerra na Ucrânia.

Em resposta, o Departamento de Energia dos Estados Unidos pretende liberar mais 10 milhões de barris da reserva estratégica em novembro, segundo o comunicado oficial da Casa Branca. De acordo com o governo americano, o objetivo da medida é proteger os consumidores e promover a segurança energética.

“Nos mercados desenvolvidos, a volatilidade permanecerá enquanto não percebermos uma queda ou ancoragem das expectativas de inflação tanto nos Estados Unidos quanto na Europa”, observa Pedro Tiezzi, analista da SVN Investimentos.

Brasil se descola do resto do mundo

Rodrigo Knudsen, gestor da Empiricus Investimentos, resume: “O Brasil consegue se descolar do resto do mundo por pouco tempo. Caso seja algo mais persistente, acaba impactando aqui também. Esse é o principal risco, nem tanto eleição, mas especialmente o cenário econômico de fora do País.”

O cenário é de investidores mais cautelosos enquanto monitoram costura de apoios para o segundo turno e sinais dos planos econômicos dos candidatos. “Internamente não houve um fato forte para mexer com o dólar, que seguiu mais o comportamento de alta da moeda lá fora com dados americanos e espera pelo payroll”, afirma o operador Hideaki Iha, da Fair Corretora.

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