Como um país em desenvolvimento com tantos desafios, as pessoas ora estão reclamando, ora estão indignadas, mas poucas estão olhando o futuro com esperança, com a motivação e otimismo que precisamos. Os que podem estão saindo do país para viver uma vida "melhor" em outros continentes, com outros tipos de desafios, não tão básicos como os nossos.
Uma forma de sobreviver num país "em desenvolvimento" é enxergar os problemas como oportunidades. Entretanto, vencer os milhares de obstáculos para obter uma vida digna, honesta e próspera num país como o nosso é para os fortes. Como empreendedora de um mercado onde o futuro é maior que o presente, me sinto diariamente numa maratona com obstáculos.
Lidar diretamente com causas sociais, culturais, esportivas e ambientais me proporciona conhecer de perto a realidade do nosso país, na mesma proporção que reforça nosso desejo de querer ajudar os milhões de brasileiros que vivem nossas mazelas centenárias. Isto é patriotismo.
Fazer a sua parte, trabalhar duro e hackear o governo está virando clichê entre empreendedores e os millenials. Uma onda de executivos de grandes empresas e marcas interessadas em promover um impacto positivo na sociedade também toma conta dos discursos nas principais reuniões que participo. Claro que vender agora é importante, mas vejo muitos visionários que querem vender para sempre. E contribuir para os desafios do nosso país, seja na educação, na geração de renda, na saúde, na cultura, entre outras tantas causas, é uma relação ganha-ganha.
Acredito que o Brasil pode sim inspirar o mundo, não pelo futebol, mas pelas pessoas que querem e estão fazendo um trabalho consistente, de longo prazo. No contexto empresarial temos que apoiar, comprar e falar bem de marcas e empresas que estão indo além dos seus muros. E com tanto investimento em comunicação, é missão dos criativos e marqueteiros exercerem com criatividade e profundidade iniciativas para contribuir para um Brasil melhor. Precisamos resgatar a esperança e o orgulho de ser brasileiro.