Reduflação é uma daqueles palavrões da economia. Significa a combinação de redução do produto com manutenção ou mesmo aumento do preço. O exemplo mais impactante é do chocolate em barra.
Quem nasceu até meados dos anos 1970 deve se lembrar das barras com 200 gramas, que faziam a alegria de milhões de brasileiros. Hoje, há barrinhas com 70 gramas ou menos. As caixas de bombom também 'emagreceram'. Havia 500 gramas em uma caixa, hoje, 200 gramas, em média.
Um dos direitos fundamentais do consumidor, que constam do Código de Defesa do Consumidor (CDC), é à "informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem".Conforme portaria publicada e 2021, os fabricantes têm a obrigação de informar, por seis meses, na própria embalagem, a alteração na quantidade vendida.
O consumidor também deve comparar os preços dos produtos por uma grandes fixa, como quilograma Somente assim saberá qual vale mais a pena, em meio a tanta variedade de embalagens e de quantidades.
Aliás, esse não é um problema relativo somente à quantidade. Ficou muito mais difícil comprar produtos lácteos em função das misturas com soro de leite e queijo. Quem não prestar atenção, levará requeijão, doce de leite, leite condensado e creme de leite com o tal soro.
A informação está disponível, mas nem sempre quem compra se dá conta de que, por exemplo, aquele requeijão não é o tradicional.
Essa maquiagem de produtos demonstra que o custo de vida verdadeiro é maior do que o detectado pelos institutos especializados. Ter de consumir produtos menores ou misturados para que os preços não sejam muito maiores significa, além da perda de poder aquisitivo, menos qualidade na dieta alimentícia.
De qualquer forma, o consumidor é o perdedor nesse processo de reduflação.
