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Bastidores do mundo dos negócios

Incerto, destino da Atvos pode ser definido em reunião nesta quarta-feira

Encontro entre bancos credores pode selar decisão sobre o controle da gigante do agro

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Por Altamiro Silva Junior (Broadcast)
Antiga Odebrecht Agroindustrial, Atvos atua no setor sucroalcooleiro e está em negociação com bancos Foto: FOTO J.F.DIORIO/AE

Os rumos da sucroalcoleira Atvos, a antiga Odebrecht Agroindustrial, podem ser definidos nesta quarta-feira. Uma nova reunião dos bancos credores pode definir se o controle da gigante do agronegócio vai passar para o fundo soberano Mubadala, de Abu Dabhi. Outra possibilidade é, às vésperas da posse do novo presidente, a decisão ficar para o novo governo, na medida em que dois bancos públicos - Banco do Brasil e Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - são credores importantes da companhia, com cerca de 70% dos passivos, além de Bradesco, Itaú, Santander e, em menor montante, a Caixa.

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Os credores querem que a reunião aconteça e o imbróglio se resolva. Nos últimos dias, porém, advogados ainda estavam formalizando pareceres para os bancos. Há ainda chance de o Tribunal de Contas da União (TCU) barrar a reunião por causa do envolvimento de bancos públicos e da necessidade de avaliar os números.

O fundo americano Lone Star, que atualmente é o controlador da Atvos, que já se manifestou contrário à troca de controle, classificou a transação como “desnecessária” e acionou a Justiça. “Essa desnecessária transação reduzirá significativamente o valor da dívida da Atvos”, afirma comunicado do fundo.

Mubadala se comprometeu com aporte de R$ 500 milhões

Se a operação for aprovada nesta quarta-feira, o Mubadala passaria a ter 31,5% da companhia. Já a Lone Star passaria a deter uma fatia de menos de 3%. Em troca dessa participação, o Mubadala se comprometeu a fazer um aporte de R$ 500 milhões na Atvos. O fundo argumenta que a companhia não precisa desses recursos no momento, pois está crescendo.

A expectativa era de que a situação da Atvos já fosse definida em uma reunião marcada para o dia 16. Mas não se chegou um acordo e a Caixa se manifestou contrária a liberação de qualquer garantias da dívida da Atvos, incluindo as da Novonor (antiga Odebrecht). O banco pediu 60 dias para analisar a operação de troca societária. Para a entrada doo Mubadala, a dívida da empresa, que está em recuperação judicial, seria reduzida em cerca de R$ 2 bilhões.

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Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 27/12/2022, às 16h16

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