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Bastidores do mundo dos negócios

Madrona, escritório forte em assessorar fusões, junta-se ao mineiro Fialho Salles

Com união, objetivo é ganhar peso e avançar para mais regiões do País

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Por Altamiro Silva Junior (Broadcast)
A nova banca nasce com 266 profissionais e a meta de dobrar de tamanho em cinco anos  Foto: Cherokee Nation Supreme Court

Um dos escritórios de advocacia de São Paulo mais conhecidos no segmento de fusões e aquisições de empresas (M&A, na sigla em inglês), o Madrona costuma prestar serviços em grandes operações, como a recente combinação de negócios entre Hapvida e NotreDame Intermédica. Agora, o próprio escritório resolveu se fundir a outro, o mineiro Fialho Salles, forte em áreas como infraestrutura e comércio internacional. A nova banca nasce com 266 profissionais, incluindo 39 sócios, e a meta de dobrar de tamanho em cinco anos.

As conversas para a fusão começaram há cerca de oito meses, segundo Ricardo Madrona, sócio do escritório criado há oito anos. Em 2022, o Madrona Advogados ficou entre os dez mais atuantes em M&A no Brasil, segundo rankings das consultorias TTR e Mergermarket. Com a fusão, anunciada internamente aos funcionários na segunda-feira, a firma de advocacia passa a se chamar Madrona Fialho Advogados.

Fusões são pouco comuns entre escritórios de advocacia

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Entre os escritórios de advocacia, o mais comum não são fusões, e sim a separação de sócios. Com sua própria rede de contatos empresariais, o desejo de ver seu nome na frente da marca e discussões sobre modelos de negócios, há muitos casos de profissionais que deixam bancas renomadas para abrir seus próprios negócios.

Historicamente, entre os maiores escritórios do Brasil, o Machado Meyer é uma dissidência do Pinheiro Netto, enquanto o Souza Cescon foi criado por profissionais que saíram do Machado Meyer. Segundo Madrona, nos últimos 25 anos “não houve integração desse porte no setor”.

Com a união, o objetivo é fazer com que o Madrona, reconhecido em São Paulo, ganhe peso para avançar também em outras localidades. O Fialho Salles, criado em Belo Horizonte em 2006 a partir de três fusões, tem a mesma estratégia de chegar a outros Estados - e vê maior potencial com a união.

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De acordo com Leonardo Canabrava, sócio do Fialho Salles, as empresas são complementares até mesmo em áreas comuns de atuação. Em infraestrutura, por exemplo, enquanto o escritório nascido em Minas Gerais é forte em saneamento, o Madrona tem maior atuação em rodovias.

Crises abrem espaço para M&As, diz sócio

Para Madrona, a volta das aberturas de capital (IPO, na sigla em inglês) este ano no Brasil ainda não deve acontecer com força, mas as M&A vão prosseguir. Só em janeiro, ele ofereceu ao mercado 25 propostas de negócios de fusões.

Os problemas em várias empresas neste começo de 2023, com anúncios de reestruturação de dívidas e diversas recuperações judiciais, como a da Americanas, abrem espaço para compras e vendas. “O mercado de IPO quer voltar, mas a taxa de juros altíssima dificulta”, afirma.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 15/02/2023, às 10h22

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