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Bastidores do mundo dos negócios

Nero Capital estrutura área de ações para lançar fundo aberto e contrata Daniel Utsch

Expectativa é atingir R$ 250 milhões em patrimônio líquido em até 24 meses

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Por Bruna Emy Camargo (Broadcast)
Bruno Di Giacomo, diretor de investimentos da Nero Capital, e Daniel Utsch, responsável pela área de renda variável Foto: Divulgação/Nero Capital

A Nero Capital anunciou hoje, 25, com exclusividade ao Broadcast a estruturação da área de ações da gestora e do lançamento do primeiro fundo aberto a investidores em geral. Para essa nova frente, a Nero contratou Daniel Utsch, que trabalhou por 16 anos no Banco Fator. O primeiro fundo será um long biased e surge com a expectativa de atingir R$ 250 milhões de patrimônio líquido (PL) em 18 a 24 meses.

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A Nero Capital pertence ao grupo Blackbird, empresa de investimentos ligada à XP e com atuação exclusiva nos segmentos private & corporate, e que inicialmente atuou como um multi family office, trabalhando com carteiras administradas. A nova estratégia deve contribuir para a meta da Nero, que é saltar dos atuais R$ 500 milhões sob gestão para R$ 1 bilhão em 2025.

“A área de ações será um importante componente nos objetivos da gestora, uma vez que há conversas iniciadas com investidores Institucionais, single e multi family offices para aporte na estratégia”, afirma Bruno Di Giacomo, diretor de investimentos da Nero.

Primeiro veículo terá viés comprado

No Banco Fator, Utsch teve passagem por diferentes áreas como investment banking, M&A (fusões e aquisições), mercado de capitais, equity research e gestão de fundos. Foi no Fator que o executivo conheceu e se aproximou de Di Giacomo, que ficou lá de 2013 a 2014.

O primeiro fundo de ações será o Nero Long Biased, com viés comprado, ou seja, com mais apostas de alta. Segundo Utsch, a estratégia faz sentido especialmente pelo momento de mercado, que ele considera promissor para equity (ações), mas com cautela para não “nadar de peito aberto”. “Estou mais otimista que a média, mas em termos de alocação, isso não significa um nível de risco maior”, diz.

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A posição líquida comprada deve ficar entre 60% e 70%, em média, e a ideia é que o fundo não seja concentrado. Utsch observa ativos de qualidade nos setores de consumo, construção civil, financeiro – tanto bancos quanto meios de pagamento – e mineração.

Ideia é ter giro de posições acima da média

“Nosso viés é micro, com análise das companhias e setores, mas a ideia é ter um giro das posições que talvez seja três ou quatro vezes acima da média da indústria, rapidamente alterando posições”, conta Utsch. Di Giacomo acrescenta que isso preenche uma lacuna do mercado. “Falta um produto que consiga entregar essa expectativa do investidor em ter um turnover, um ‘desapego’ das posições”, diz.

O fundo começa com cerca de R$ 15 milhões de capital proprietário e será aberto ao investidor geral, com maior foco em atrair dinheiro institucional e profissional, dada a estratégia de longo prazo, de acordo com Di Giacomo.


Este texto foi publicado no Broadcast no dia 25/04/24, às 18h11

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