A Itafos, norte-americana de fertilizantes fosfatados, prevê superar R$ 100 milhões em receita no Brasil este ano com a retomada da unidade de Arraias (TO). Devido aos preços baixos dos adubos, a fábrica ficou parada entre 2020 e 2022, quando retornou com a produção de ácido sulfúrico para atender a crise de abastecimento do produto. Hoje é uma das principais fornecedoras no País. Em 2023 foram 45 mil toneladas de fertilizantes produzidas e, em 2024, deve colocar no mercado 120 mil toneladas de adubos acabados e 100 mil toneladas apenas de ácido sulfúrico. Até 2027, quer fabricar aqui 350 mil toneladas de fosfato natural e superfosfato simples e ter suas próprias misturadoras em Tocantins, diz Felipe Coutas, presidente.
Busca por parceria com misturadoras
Além de ter suas próprias misturadoras dentro do complexo de Arraias, a Itafos também procura parcerias. “Já estamos discutindo com algumas grandes empresas que pretendem se instalar na região”, revela Coutas à coluna.
Produzindo melhor
A 3Tentos diz que foram gerados R$ 42 milhões extras aos produtores rurais na safra 2023/24 com melhorias obtidas no programa Produzir+. A iniciativa, com foco na implementação de técnicas de manejo e inovações nos cultivos de soja, milho e arroz, aumentou a produtividade das lavouras em 4,1%, segundo a companhia. Isso representa volume de aproximadamente 360 mil sacas de soja, com precificação média de R$ 115 a saca, cultivadas em uma área de cerca de 135 mil hectares, explica a empresa.
Com ganhos
O programa da empresa do Rio Grande do Sul completa dez anos em 2024, com 631 participantes. O número de agricultores saltou de 27, na primeira edição, para 122 na mais recente, impulsionado pela adesão de produtores da região Centro-Oeste. “O programa visa levar informação técnica relevante para o produtor e mostrar a diferença na prática”, diz Fernando Bavaresco, gerente de PDI e Digital da 3Tentos.
Mais presentes
A Grão Direto, líder em comercialização digital de grãos na América Latina, pretende ampliar serviços financeiros no ano que vem, com a antecipação de recebíveis, crédito atrelado a contratos futuros e um cartão de crédito pagável em grãos. Alexandre Borges, o CEO, não divulga valores. Diz apenas que, após receber um grande aporte, a empresa não tem urgência por novos recursos, mas está aberta a novas captações.
Com crescimento
A empresa com sede em Uberaba (MG), monitora oportunidades de aquisição. Borges cita o aumento do número de empresas que enfrentam desafios financeiros. “Isso não é algo que a gente olhava com atenção antigamente, mas, com a situação do mercado, surgiram oportunidades interessantes”, diz.
Sustentável
A importadora Marubeni vai levar ao Japão pela segunda vez em três meses café produzido por pequenos produtores de Minas Gerais. O produto tem um diferencial: no solo foi usado biochar, condicionador obtido do carbono contido em resíduos agrícolas, neste caso palha de café. Serão dois contêineres com um total de 880 quilos. O primeiro contrato, feito em julho, envolveu 77 produtores de Lajinha, que receberam prêmio de R$ 150 por saca. Agora, com produtores de Paraguaçu, o novo acordo deverá render prêmio de até 10% do valor da saca, hoje entre R$ 1.200 e R$ 1.400. A trading de café EISA e a startup NetZero intermediaram o negócio.
UE não deve recuar na lei antidesmatamento
O Brasil pediu, mas representantes da União Europeia, ouvidos pelo Broadcast Agro, consideram improvável adiar a implementação da nova lei ambiental, prevista para o fim de 2024. O Brasil alegou ser uma medida unilateral e que prejudica a soberania nacional. A legislação proíbe a importação de commodities de áreas desmatadas a partir de dezembro de 2020.
Perspectivas para a safra 2024/25 do Brasil
Com o início do plantio da temporada 2024/25 incerto por causa da estiagem e das altas temperaturas, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trará terça-feira, 17, sua perspectiva para as safras de soja, milho, algodão, arroz e feijão e para o setor de proteína. O período de seca retarda a semeadura da soja. / AUDRYN KAROLYNE, LEANDRO SILVEIRA, GABRIEL AZEVEDO e ISADORA DUARTE
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.